Atriz de Fuzuê dá detalhes sobre Maria Navalha: "Livre e intensa"

Um dos mistérios que pauta Fuzuê, novela das sete da Globo, é o desaparecimento de Maria Navalha, mãe da vendedora de biojoias Luna (Giovana Cordeiro), que sumiu sem deixar rastro há cerca de um ano, tempo em que a protagonista busca incansavelmente pela ex-cantora da noite.

Em conversa com o NaTelinha, Olivia Araújo falou uma pouco sobre a personagem. "A Maria Navalha é uma mulher livre, que tem amor pela vida intensamente. E quando ela percebe que esse amor fica estacionado, ela se recolhe pra voltar com ele no lugar que ela acha que ele deve estar. [risos]", antecipa.

Enquanto não se sabe o que aconteceu com a moradora da Lapa, a atriz surge em cenas de flashback, o que, segundo Olivia, é maravilhoso, pois já dá para perceber o caráter dessa mulher.

"A gente não consegue dizer se a Maria Navalha é uma mulher má ou boa, e isso é o que eu acho fascinante. Ela tem uma vida intensa, fala primeiro e pensa depois, não porque acha aquilo uma verdade absoluta, mas quer fazer daquilo uma verdade e em nenhum momento pensando em prejudicar o outro", avalia.

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"Ela não é aquela boazinha clássica, que diz amém pra tudo, não. Ela é explosiva, é humana, com todas as suas qualidades e os seus defeitos. E é muito bom viver um personagem que possa traçar todas as qualidades e todos os defeitos", comemora a atriz.

Quando desapareceu, Maria Navalha já havia largado os palcos. "Ela foi uma cantora da noite com certa excelência. Perto de desaparecer, já não estava cantando mais. E um artista entende isso. Um artista para estar no palco tem que estar bem", defende, Olivia.

Já sobre o retorno da personagem, a atriz confessa que ainda vai demorar um pouco para isso acontecer, mas acredita que sua volta vai fazer a novela pegar fogo.

"Ela não volta tão rapidamente. Por enquanto, ela está em flashback narrado pelo olhar dos outros personagens, pela memória da filha, dos outros moradores do bairro, o que é uma coisa maravilhosa! Ela vai em busca de muitas coisas... Ela volta com a mala cheia!", avalia.

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Atriz aprende mais do que ensina com Maria Navalha

Questionada sobre o sentido do nome da personagem, Olivia Araújo joga a responsabilidade no colo de Gustavo Reiz, autor de Fuzuê. Na trama, Luna disse que a mãe ganhou esse apelido porque andava com uma navalha no bolso para se proteger na rua, já que se apresentava na noite, em um bar da Lapa.

A atriz, porém, reconhece a força por trás dele. "O nome Maria Navalha já traz uma personalidade muito forte e que vai de encontro a essa mulher, com essa personalidade. A maria Navalha é uma personagem que está no imaginário popular, nesse sentido, forte. meio que presente", observa.

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"O desejo é que as pessoas embarquem na história dela e que entendam as coisas que ela tem pra dizer, porque ela não está defendendo uma responsabilidade. Ela está querendo dizer: 'Viva! A vida é muito incrível!'. A personagem diz isso o tempo inteiro. Viva!", reforça.

Sobre a parceria com Giovana Cordeiro, Olivia fala com emoção. "Ela é uma atriz que troca em cena. A gente se olha e confia uma na outra, naquele momento que a gente está fazendo a cena. Eu acho isso muito precioso. Bonito de vivenciar!', derrete-se.

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"A vida é compartilhar com o outro, o que pra nós é sagrado, que é estar em cena. A nossa comunhão com o divino, com Deus. E com ela é assim", filosofa a atriz global.

Olivia Araujo finaliza a conversa afirmando que Maria Navalha é um fuzuê em sua vida. "Essa personagem que chegou a mim de uma maneira linda. Que tem me ensinado. Eu não estou dando nada para a Maria Navalha, só estou recebendo. E é muito bom poder receber, nessa altura da vida. Aprender com um personagem. Ah, que coisa boa! Eu me sinto muito grata", conclui.

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