Mudou geral

Como Carolina em Totalmente Demais, relembre personagens mudados por reclamação do público

Ele foram alterados após o público rejeitar o perfil destes personagens

Na novela Totalmente Demais, Carolina foi alterada por rejeição do público - Foto: Divulgação
Por Daniel César

Publicado em 06/08/2020 às 06:22:00

Carolina foi rejeitada no início de Totalmente Demais e os autores Rosane Svartman e Paulo Halm transformaram o perfil da personagem vivida por Juliana Paes para uma espécie de anti-heroína, ao invés de ser necessariamente vilã. Com as alterações, a trajetória da novela e da crush de Arthur (Fábio Assunção) foi aplaudida pelo público, mas ela não foi a única a precisar ser remexida em produções semelhantes.

A rejeição de telespectadores diante do perfil de alguns personagens fez com que muitos autores optassem por mudar ou amenizar os rumos de protagonistas e até de coadjuvantes das histórias para evitar afastamento do telespectador.

Personagens que mudaram o perfil como o de Totalmente Demais

Sol - América

América foi uma novela que sofreu muito no início de sua produção. A trama de 2006 não tinha bons resultados de audiência e a autora Gloria Perez insistia que o diretor Jayme Monjardim não estava colocando no ar a trama que ela escrevia. Os barracos foram tantos que o diretor foi afastado e rapidamente a roteirista promoveu mudanças, até na protagonista Sol, vivida por Deborah Secco.

Se na primeira parte da trama, a mocinha foi rejeitada pelo público por abandonar seu grande amor Tião (Murilo Benício) para realizar o sonho de se mudar para os EUA e acusada de ser muito fria. Na nova fase do folhetim, Sol ganhou ares melodramáticos e muito sentimental, sofrendo horrores e também sempre lembrando de estar apaixonada. Ganhou o coração dos telespectadores.

Felipe Barreto - O Dono do Mundo

Gilberto Braga promoveu uma história considerada excessivamente machista nos anos 90. O Dono do Mundo não foi considerado um sucesso à época e o telespectador rejeitou o jeito que o vilão Felipe Barreto (Antônio Fagundes) agia. O personagem era um machão que zombava das mulheres e um vilão típico, que entrava no radar da mocinha vingativa.

Gilberto Braga mudou o personagem, o transformou numa espécie de mocinho arrependido, antevendo o que aconteceria em várias novelas mais de uma década depois. Mas para a surpresa do público, que foi se reaproximando da novela, tudo era teatro e Felipe continuava como um grande crápula, como foi revelado no último capítulo da história.

José Clementino - Torre de Babel

Torre de Babel foi uma história que sofreu com muitas alterações ao longo de sua trajetória. A produção, que entrou para o catálogo do Globoplay, teve, além do casal de lésbicas, um vilão que foi considerado como inaceitável por parte do público. José Clementino não tinha exatamente nenhum problema diante dos telespectadores, o problema foi o ator.

Ninguém aceitou Tony Ramos como vilão numa época em que o público era acostumado a determinados tipos. Rapidamente Silvio de Abreu corrigiu a trajetória de Clementino e ele virou uma espécie de bonzinho, se arrependendo do que aprontou.

Luz - O Sétimo Guardião

O Sétimo Guardião foi uma trama que deu tudo errado e que marcou a despedida de Aguinaldo Silva da Globo após mais de 40 anos como contratado da casa. Mas o novelista tentou salvar a produção do desastre ao perceber que sua protagonista estava rejeitada por se apresentar mais como uma adolescente sem nenhuma independência que como uma mulher preparada para viver um grande amor.

Luz, personagem de Marina Ruy Barbosa, mudou e virou uma mulher independente. Tanto que engatou relação com dois homens na história, mas não foi o suficiente para as pessoas voltarem a acompanhar a trama. Mesmo assim, num final surpreendente a mocinha não optou por nenhum de seus possíveis pares e acabou sozinha, decidindo ir estudar.

Catarina - Deus Salve o Rei

A Game of Thrones tupiniquim nunca foi unanimidade, mas a primeira vilã da carreira de Bruna Marquezine, Catarina, foi muito rejeitada nas primeiras semanas de Deus Salve o Rei. Tanto público quanto crítica reclamavam da interpretação fria oferecida pela atriz e houve quem acusasse a personagem de não demonstrar sentimento em nenhuma situação.

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Com a intervenção de Ricardo Linhares, que virou supervisor da novela, Catarina ganhou ares de vilã folhetinesca e passou a tomar atitudes cada vez mais pesadas, com a temperatura da interpretação esquentando. Tanto que a vilã terminou ovacionada com a cena de sua morte sendo uma das mais elogiadas no folhetim.

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