Publicado em 02/04/2020 às 05:44:00
Protagonista de Amor Sem Igual, Rafael Sardão elogiou a decisão da Record de pausar as gravações da novela por conta da pandemia do novo coronavírus. Entretanto, lamentou o fato de toda equipe de produção ter sido dispensada pela produtora Casablanca neste momento.
"A Record agiu de acordo com as recomendações da OMS e dos órgãos competentes, interrompendo as gravações imediatamente. A equipe infelizmente foi dispensada pela produtora durante a quarentena e espera ansiosa a retomada das gravações para retomar as suas rotinas de trabalho. Que se Deus quiser será o mais breve possível", torce. "Fiquemos em casa, por si e pelos outros!", pede ele, que está na emissora há 10 anos.
Intérprete do agrônomo Miguel, o ator conta que vem de uma família de comerciantes e conhece bem o que significa depender de pequenos negócios para sobreviver.
"O Miguel fala dessa classe de pessoas que acordam cedo todos os dias e trabalham em seus pequenos comércios, mas o fazem com alegria. Essa é a grande beleza que existe em Miguel. Ele ama o que faz. Isso faz toda a diferença", avalia.
Para Rafael, é por este motivo também que há empatia do público de casa pelo protagonista da novela. "Miguel personifica essa brava gente brasileira e acredito que a identificação do público venha também por aí", sugere.
No folhetim, o artista faz par romântico com Day Mesquita que interpreta Poderosa, uma garota de programa. Sobre a parceria com a atriz ele é só elogios. "A Day é uma ótima atriz, super comprometida com o trabalho, estudiosa e muito parceira em cena", lista.
Já sobre a trama, Rafael não vê a hora em que Miguel e Poderosa irão se acertar e acredita que o telespectador também aguarda ansioso por isso. "Na trama, é bem mais difícil para o Miguel essa relação com a Poderosa" [risos], sinaliza.
"Eu acredito que o gênio da Podeorsa e o seu projeto de vingança do Ramiro [Juan Alba], Tobias [Thiago Rodrigues] e sua tropa, ainda vão ser grandes empecilhos para que os pombinhos fiquem juntos", opina. "Eu acho que o público pode esperar muita reviravolta nessa relação, e muita emoção a cada encontro dos dois até o final", prevê.
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Galã aponta vilão de Jazabel como maior desafio na carreira O primeiro protagonista a gente nunca esquece e Rafael Sardão sabe disso. Para conquistar o papel como Miguel em Amor Sem Igual o ator disputou com grandes atores e acha que a oportunidade veio no momento certo. "Eu penso que nossa vida é como um pêndulo. A vida dos atores e atrizes, e artistas em geral - em especial - é recheado de 'nãos'. E não é nada fácil você receber essas negativas", relata.
"Mas eu tendo a acreditar que, apesar de difíceis, são os 'nãos' que moldam a nossa maturidade. Que te preparam para o 'sim' que chegará em algum momento nesse pêndulo chamado vida", filosofa. "Portanto, eu creio que o Miguel, meu primeiro protagonista, surgiu nesse momento para me falar de maturidade, para eu entender que tudo acontece no tempo certo do criador. Para aprender a ser grato pelos 'nãos' que eu recebi".
Rafael ressalta que a longa parceria lhe garantiu bons papéis e que para ele têm o peso de protagonista. Porém, ele tem consciência de que o trabalho atual carrega peso maior por ser sua estreia na função. "É para ajoelhar na cama todos os dias ao acordar e só agradecer", vibra.
Avaliando a carreira como um todo, o ator não podia deixar de falar sobre o Hannibal. O vilão de Jezabel (2019) e a quem ele sinaliza como sendo seu papel mais intenso até agora. "Eu sinto que o Hannibal foi o personagem que me fez alcançar um nível de composição muito interessante. Que se diferenciava de tudo o que eu já havia feito em trabalhos anteriores", abre o coração.
"Um vilão que eu busquei tirar dos estereótipos clássicos e fazer surgir a sua humanidade. Para que não se afastasse da ideia do expectador de que existem humanos assim como ele, perversos, assassinos", entrega.
Rafael lembra também que as gravações mexeu demais com a sua rotina. "Primeiro pelas condições específicas de trabalho, filmamos toda a macrossérie em Marrocos e Paulinia (SP)", revela.
"Foram seis meses fora da minha casa, longe da minha esposa e família, numa imersão total no trabalho, o que me permitiu aprofundar muito na composição do nosso 'malvado favorito', como ele era chamado nas redes sociais", se recorda.
"Eu tendo a acreditar mais, e me envolver mais, com vilões humanos que tem motivações, medos, sentimentos humanos; E tendo a duvidar, ou me interessar menos, pelos vilões maniqueístas de quadrinhos", relata.
"O general Hannibal não era diferente em nada dos generais da época em que retratávamos na macrossérie, eles existiram, mataram muita gente e era esse tipo de gente que eu busquei representar através dele. Um ser humano perverso e poderoso dentro de uma sociedade tão perversa quanto ele", diz.
Para finalizar a conversa, Rafael conta que tem aproveitado o tempo de isolamento para ler, cozinhar ao lado da esposa e finalizar um livro que pretende lançar em breve. "Eu tenho ficado em casa, aproveitando para retomar a leitura de alguns livros que estava parada desde o começo das gravações e para finalizar meu primeiro livro, chamado “Passional” , que escrevi há mais de três anos dentro de um projeto teatral e devo lançar tão logo vençamos essa pandemia", adianta.
"Fora isso, tenho feito junto a minha esposa Karen Julia algumas experiências gastronômicas muito interessantes. Com tempo sobrando dá para cozinhar melhor né" [risos], conclui.
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