Publicado em 30/03/2020 às 04:54:00
Desde que foi anunciada a reprise de Fina Estampa no lugar de Amor de Mãe, por conta da quarentena do coronavírus, Eri Johnson considerou acertada a decisão da Globo de escolher a trama de Aguinaldo Silva. Para o ator, a novela passa longe do drama tenso e pesado que ultimamente tem dominado o horário. Além disso, Eri acredita que a epidemia é uma sacudida merecida na sociedade pela "falta de generosidade, de amizade, de solidariedade e respeito às pessoas e a natureza".
Em conversa exclusiva com o NaTelinha, Johnson avalia que a trama de Fina Estampa, que teve sua primeira exibição em 2011, era uma comédia leve, e explica: "Tinha romance, suspense e drama, mas tudo era muito leve e o sucesso girava mesmo em torno do Crô, personagem incrível do Marcelinho Serrado. A novela tem uma descontração, um frescor que fez dela um sucesso há nove anos e sinceramente, acredito que será maior agora. Fina Estampa é um respiro para os brasileiros nesse momento difícil”.
Dos tempos do trabalho, Eri lembra que gravar no Quebra Mar foi uma “delícia”. “Me sentia em casa gravar na praia. Os meus amigos até me zoavam por isso. Outra coisa que contribuía e muito para eu me sentir tão bem foi o fato de eu gravar com amigos da vida. Wolf Maya, quem me lançou na carreira, a Totia Meirelles, o Caio Castro, e o Serrado, e nós éramos do mesmo núcleo”, explica e logo falando sobre seu personagem Gigante com o seu jeito sincero de ser: “Não tinha muita importância na trama, mas estava lá”.
E Fina Estampa, por sinal, foi a última novela de Eri Johnson na Globo, onde trabalhou por 30 anos passando por todas as produções. O ator ri e não nega que espera receber uma grana pela reprise. “Estamos vendo isso, mas eu estou tranquilo porque a emissora sempre paga quando reprisa. Sempre paga alguma coisa”, aposta.
O último trabalho do ator na televisão foi em Topíssima, novela da Record no ano passado. Desde fevereiro, ele comanda um programa de entretenimento com duas horas de duração na rádio Positiva FM, de Goiânia, transmitido todas as quartas-feiras. “É um projeto muito bacana e eu estou feliz. Fico na ponte aérea entre Goiânia e Rio porque aos domingos apresento o Loterj Prêmios ao vivo com Aline Prado no Rio”, conta.
Por conta do coronavírus, Eri está preso na capital de Goiás há quase duas semanas. “Pensei em voltar de carro, mas a direção do próprio programa me desaconselhou e acabei não fazendo os últimos dois programas. Estou esperando a situação melhorar nos aeroportos, nas cidades para poder voltar para a minha casa, que é no Rio”, diz.
Eri Johnson também fez uma análise sobre a pandemia. “Sinceramente depois disso tudo eu espero que as pessoas voltem transformadas. Transformadas de cabeça e de espírito. Esse vírus veio por falta de generosidade, de amizade, de solidariedade e respeito as pessoas e a natureza. Acredito piamente que isso foi uma lavagem espiritual para dar uma sacudida em nós. Há muito tempo nos merecíamos essa sacudida”, encerra.
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