Publicado em 19/12/2019 às 05:44:10
O Especial de Natal do Porta dos Fundos se tornou um dos produtos de dramaturgia mais falados nas últimas semanas. Isso porque venceu o Emmy Internacional, lançou uma nova versão na Netflix e ganhou o repúdio de cristãos.
Mas não é a primeira vez que um produto artístico enfrenta a revolta de grupos religiosos. Ao longo dos últimos anos, novelas receberam críticas por tratarem de assuntos que envolviam religião, como a católica, evangélica e a umbandista.
Por conta disso, o NaTelinha resolveu relembrar algumas tramas que receberam repúdio.
Confira:
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A novela de Manoel Carlos estreou com muitos temas polêmicos e um dos assuntos era uma mulher que se apaixonava por um padre e esse amor acabou sendo correspondido ao longo da trama.
Para interpretar o Padre Pedro Vicenza e Estela foram chamados Nicola Siri e Lavínia Vlasak para os papéis. Apesar da polêmica, Maneco apenas permitiu que os dois vivessem um grande amor depois que o religioso se desligou da igreja.
Mesmo assim, católicos não gostaram de ver um padre se apaixonado e deixando a batina. Apesar das críticas, a trama teve alta repercussão e o núcleo foi um de maior sucesso da produção.
Novela de Glória Perez sempre vem com temas espinhosos e que fazem os brasileiros discutirem. Em América não foi diferente e evangélicos não gostaram nem um pouco da personagem Creusa (Juliana Paes), uma mulher religiosa que traia o marido com outros homens.
Outro momento que causou revolta dos religiosos foi a idolatria por Nossa Senhora de Aparecida e o beijo gay do personagem Júnior (Bruno Gagliasso). Apesar da Globo ter gravado a cena, ela acabou não indo ao ar, frustrando milhões de telespectadores.
Edivânia (Susana Ribeiro) era uma personagem evangélica e que passou a perseguir o triângulo amoroso formado por Dália (Leona Cavalli), Heraldo (Alexandre Slaviero) e Bernardinho (Thiago Mendonça), inclusive tendo um momento da trama que ela se diz possuída por espíritos.
Evangélicos massacraram a produção da Globo e houve pastores que opinaram sobre o tema na época. “Nós não atacamos ninguém, atacamos o demônio, que é quem faz as pessoas praticarem o mal”, disse Marcos Pereira da Silva, da Assembléia de Deus dos Últimos Dias. “Nós não atacamos ninguém, atacamos o demônio, que é quem faz as pessoas praticarem o mal”, acrescentou na época em entrevista ao site Gospel Mais.
Salve Jorge não tratou de nenhum tema religioso, mas o nome do padroeiro do Rio de Janeiro incomodou evangélicos, principalmente pela abertura que dizia “Salve Jorge na lua”.
A autora Glória Perez explicou na época que o nome se deu pelo motivo da trama se passar na Turquia e a lenda sobre São Jorge envolve a cidade da Capadócia.
Mas essa justificativa não colou com os religiosos e a trama precisou lidar com as críticas, tendo início no blog Exército Universal. “Quem crê no Senhor Jesus como único salvador não vai assistir essa novela”, dizia um dos textos.
Era o retorno de Gilberto Braga ao horário nobre após supervisionar Lado a Lado (2013). O autor resolveu colocar Fernanda Montenegro como par romântico de Nathália Timberg e as duas deram um selinho no primeiro capítulo.
Para atacar a novela, o pastor Marcos Feliciano usou como estratégia o boicote contra uma empresa que patrocinava a trama. “Conclamo aos que defendam valores morais a BOICOTAR esta empresa, não comprando e nem vendendo seus produtos até que ela retire seu patrocínio”, declarou quando a produção estava no ar.
Fato que Babilônia fracassou na audiência e o casal lésbico teve outro beijo, mas que pouco repercutiu.
Não foram apenas evangélicos e católicos que se incomodaram com produções da Globo. Umbandistas não gostaram da forma que Segundo Sol retratou um ritual espírita na história.
Laureta (Adriana Esteves) desejou o mal para um dos seus inimigos e o pedido foi atendido pelos santos, o que causou mal-estar entre os religiosos.
“A cena mostrou uma falta de entendimento por parte do autor da novela sobre o que é de fato a umbanda. Esse tipo de construção cenográfica só serve para ofender", criticou o cientista da religião Alexandre Cumino, sacerdote umbandista e autor dos livros Umbanda Não É Macumba e Exu Não É Diabo para o Notícias da TV em setembro do ano passado.
A novela também mostrou momentos de fé da protagonista Luzia (Giovanna Antonelli), mas não causou o mesmo impacto entre os religiosos.
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