Publicado em 23/11/2019 às 14:35:00
A Dona do Pedaço encerrou seu ciclo na última sexta-feira (22) com um final surpreendente - e quase sobrenatural. Nos últimos instantes, Josiane (Agatha Moreira) revelou que sua regeneração não passou de uma farsa. Após matar Régis (Reynaldo Gianecchini), ela planeja dar um golpe no milionário Joziel (Mateus Solano, em participação especial). Não bastasse isso, a novela chegou ao fim com um superclose na vilã, que revela um olhar diabólico.
Assim como Walcyr Carrasco, alguns autores primam pela inventividade na hora de dar um ponto final em suas histórias.
Relembre novelas que dispensaram o famoso - e pouco criativo - beijo apaixonado do casal protagonista, apostando na ousadia, para o bem ou para o mal:
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No último capítulo, a malvada Tereza Cristina (Christiane Torloni) sofre um acidente em alto mar e é dada como morta. A trama já caminhava para um final feliz quando a megera ressurge, na cena final, com direito a uma mecha grisalha a la Cruela Cruel, de 101 Dálmatas, para infernizar a vida de Griselda (Lília Cabral).
A vilã dá as caras a bordo de um carro de luxo, surpreendendo a heroína. Quando o automóvel bate em retirada, Griselda tira uma chave de grifo da bolsa (sim!) e corre atrás de sua arquirrival. Foi dessa forma pitoresca que a novela de Aguinaldo Silva chegou ao fim, em 2012. Confira:
O desfecho dos mocinhos e vilões já tinha sido decretado. O elenco em cima do trio elétrico entoava o hit Axé Pelô. Mas João Emanuel Carneiro ainda reservava um final inusitado para sua trama, exibida em 2018.
Clóvis (Luís Lobianco) e Gorete (Thalita Carauta) aparecem à deriva, perdidos em um barco. A dupla inventou um naufrágio para tentar forjar a própria morte, inspirados pela história de Beto Falcão (Emílio Dantas). O pequeno Badu (Davi Queiroz) ainda aparece acima do letreiro que anuncia “Fim”, dando tchauzinho aos telespectadores. Fofo, mas por essa ninguém esperava...
É certo que interferir no desfecho de uma história bíblica não seria uma das saídas mais acertadas. Mas o final de Jezabel não optou pela sutileza ao transportar para a telinha a morte da rainha fenícia.
Quando a personagem-título, interpretada pela atriz Lidi Lisboa, é morta, esquartejada e devorada por cães, o diretor Alexandre Avancini e a autora Cristianne Fridman optaram por exibir takes de partes do corpo da protagonista espalhados pelo chão. Com violência e muito sangue, a sequência foi exibida neste ano, em horário nobre.
Entre 2003 e 2004, a saga de Esteban (Marcos Pasquim) confundiu muita gente. Após viagens no tempo, bombas nucleares e experiências de quase morte, o herói conquistou seu final feliz ao lado de Lola (Adriana Esteves).
Quem não teve a mesma sorte foi Marisol (Danielle Winits). Dark Esteban, o sósia cruel do protagonista, ressurge no último minuto, para o azar da cantora. Ela sofre uma agressão de seu algoz e a trama se encerra com um gemido da personagem. No mínimo, controverso. Relembre:
O público conservador torceu o nariz para essa novela de Gilberto Braga, exibida entre 1991 e 1992, que mostrava um vilão seduzindo uma mocinha ingênua e virgem. O autor tratou de redimir Felipe Barreto (Antonio Fagundes), mas reservou uma surpresa para a reta final.
Tal como Josiane, Felipe nunca se regenerou e planejava dar um novo golpe em Márcia (Malu Mader). A heroína descobre a tempo e desmascara o vilão no último capítulo.
Aos 45 do segundo tempo, o mau caráter surge com um novo plano: sobe ao altar com uma jovem herdeira, disposto a dar o golpe do baú. Em atuação irrepreensível, Fagundes encara a câmera, após olhar libidinosamente para a noiva, e crava: “E é virgem!” De arrepiar os cabelos dos mais moralistas...
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