Publicado em 29/04/2019 às 14:30:47
Escrita por Manoel Carlos, “Por Amor” volta a ser exibida na Globo a partir desta segunda-feira (29), no "Vale a Pena Ver de Novo". Lançada em 1997, a trama gira em torno de Helena (Regina Duarte) e Eduarda (Gabriela Duarte).
Mãe e filha engravidam simultaneamente e dão à luz no mesmo dia, sendo que a jovem tem um parto difícil e, em decorrência de uma forte hemorragia, acaba perdendo o útero. Para complicar ainda mais, seu bebê morre poucas horas depois de nascer.
Sedada, Eduarda não toma conhecimento do que realmente aconteceu com ela. Já Helena, quando fica sabendo da perda do neto resolve trocar os bebês sem pensar nas consequências do seu ato.
Para colocar o filho vivo no lugar da criança morta, ela conta com a ajuda de César (Marcelo Serrado), médico residente que trabalha na equipe do obstetra e pediatra Dr. Moretti (Castro Gonzaga).
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Amigo de infância da Eduarda, por quem nutre uma paixão platônica, o rapaz se sente acuado por causa de uma dívida de gratidão que tem com a mãe da moça, pois ela conhece sua família há anos e ajudou nos seus estudos.
Ao colocar a filha à frente de todos, Helena põe em risco sua felicidade. Casada com Atílio (Antônio Fagundes), a relação dos dois acaba minando porque o arquiteto logo percebe que sua mulher esconde um grave segredo em relação ao nascimento das crianças.
Desconfiado, ele começa a indagar a esposa e o jovem médico, Cesar, que de tão abalado emocionalmente chega a dar um tempo na carreira. A verdade só vem à tona quando Eduarda lê o diário da mãe e descobre que está criando o irmão como se fosse seu filho.
Considerada um dos maiores sucessos de Maneco, a novela focava nas diversas relações amorosas. O amor entre pais e filhos, entre irmãos, casais. E questionava se há limites quando as ações são movidas por este que é o maior dos sentimentos.
- Segundo o autor, “Por Amor” foi escrita originalmente em 1983, mas por conta do compromisso com outros projetos, Manoel Carlos deixou o folhetim engavetado por mais de 10 anos.
- Em relação à sinopse, ele revelou na época ter se inspirado no único amor em que acredita ser absolutamente inquestionável, que é o materno. Já os demais personagens foram baseados em pessoas e dramas comuns.
- Um exemplo foi a criação do Orestes (Paulo José), que surgiu depois de uma conversa com um amigo na qual os dois concluíram que em toda família há um alcoólatra ou um ex-alcoólatra.
- Com a morte do diretor Paulo Ubiratan quando a novela ainda estava no ar, em março de 1998, Ricardo Waddington foi escalado para assumir a direção geral até o final da trama, em maio de 1998.
- Esta foi a segunda Helena de Manoela Carlos interpretada por Regina Duarte. A primeira Helena da atriz foi em “História de Amor” (1995), já a terceira foi em “Páginas da Vida (2006).
- Curiosamente, quase todas as filhas das Helenas de Maneco são consideradas chatas. Porém, não seria exagero afirmar que Maria Eduarda está em primeiro lugar na lista. Na época, a personagem interpretada por Gabriela Duarte recebeu duras críticas.
- Nos primórdios da internet no Brasil, a primeira campanha contra uma personagem veio através de um site utilizado pelos internautas para enviar recados ao autor da novela. Revoltados com o comportamento mimado da Eduarda, o telespectador chegou a pedir pela sua morte.
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