Assim como “Malhação”, relembre novelas que mostraram filhos com ‘duas mães’

Com estreia prevista para o próximo dia 15 de abril, a nova temporada de "Malhação", chamada de "Toda Forma de Amar”, vai tratar de um tema controverso e que, quase sempre, dá certo na dramaturgia: filhos que contam com duas mães.

É bem verdade que, nem sempre, a disputa acaba em briga, mas isso tem sido quase regra. Uma criança ou mesmo adulto que, por algum motivo diferente, descobre ter duas mães, uma biológica e a outra adotiva (ou de consideração) se vê no meio de uma disputa pelo amor e atenção.

Com “Toda Forma de Amar” não será diferente. As personagens de Paloma Duarte e Alanis Guillen vão acabar disputando o amor de uma criança. Rita (Alanis) será a mãe biológica cujo filho foi dado para adoção pelo pai dela. Já Lígia (Paloma) adotará a criança sem saber que a verdadeira mãe está viva.

VEJA TAMBÉM

• Bem-sucedida

  No Rancho Fundo elevou audiência da Globo em 25% e empatou com Mar do Sertão
• Urgente

  Morre Agnaldo Rayol, aos 86 anos
• Lenda

  Morre Quincy Jones, produtor de Michael Jackson e outros astros
• Análise

  Sucesso de Alma Gêmea e fracasso de Mania de Você emparedam Amauri Soares na Globo

O NaTelinha preparou um especial relembrando casos de outros filhos que tiveram de dividir o amor entre duas mães na dramaturgia.

“Barriga de Aluguel” (1991) – Glória Perez

O pontapé inicial ocorre no desejo de Ana (Cássia Kis) e Zeca (Victor Fasano) de terem um filho. Ela descobre que não pode engravidar e o casal é aconselhado pelo médico Álvaro Barone (Adriano Reys) a contratar uma barriga de aluguel.

Clara (Cláudia Abreu) é uma mulher pobre e enxerga a oportunidade de mudar sua vida, alugando seu útero para Ana e Zeca. Ela recebe a proposta de US$ 30 mil e faz a inseminação artificial num laboratório. A pobre jovem assina um contrato que deixa claro que deve entregar o bebê para o casal.

Durante a gestação, Clara se apaixona pela criança. No parto, descobre que ficou estéril e ela resolve fugir. Encontrada pelo casal, é presa e a criança vai para Ana e Zeca. O problema que a pobre jovem consegue sair da prisão e processa a dupla amorosa, alegando que não recebeu o dinheiro prometido. Começa uma batalha na justiça e as duas mães disputam a guarda do bebê.

“Por Amor” (1997) – Manoel Carlos

Novela das nove, o autor Manoel Carlos trouxe de volta sua Helena e o Leblon. Regina Duarte deu vida a protagonista e a história se inicia com a gravidez dela e de sua filha Maria Eduarda (Gabriela Duarte). Ao longo de 70 capítulos, o público acompanha a gestação e conflitos envolvendo as duas.

O grande dia chega e os bebês nascem, porém, o filho de Eduarda morre no parto e Helena descobre que sua filha não vai mais poder gerar outra criança. Por amor, ela troca os bebês na maternidade com a ajuda do médico César (Marcelo Serrado).

Apenas no último capítulo Eduarda e todos os outros personagens descobrem a troca das crianças. Helena é abandonada por Atílio (Antonio Fagundes), pai da criança, mas ele retorna no final e o casal termina junto ao lado de Marcelinho.

“Senhora do Destino” (2004) – Aguinaldo Silva

Maria do Carmo (Susana Vieira) é uma mulher que saiu do Nordeste para conquistar uma vida mais digna no Rio de Janeiro. Com quatro filhos, ela ganha uma quinta criança, desta vez uma mulher. A protagonista batiza a menina de Lindalva. O problema é que o bebê é sequestrado.

Quem comete o crime é Nazaré Tedesco (Renata Sorrah). A vilã rouba a criança para sensibilizar José Carlos Tedesco (Tarcísio Meira). O homem abandona o seu casamento e resolve viver ao lado da perigosa mulher.

Anos depois, Lindalva é uma mulher formada e chamada Isabel (Carolina Dieckmann). No desenrolar da trama, Nazaré é descoberta por Maria do Carmo e as duas passam a lutar pelo amor da filha. No último capítulo, a vilã sequestra o bebê de Isabel, contudo, para provar seu amor pela sua filha de criação, devolve a criança e se suicida.

“A Favorita” (2008) – João Emanuel Carneiro

Primeira novela de João Emanuel Carneiro no horário das nove. O autor trouxe uma história complexa: um assassinato. Duas mulheres envolvidas. Cada uma com a sua versão da história. Flora (Patrícia Pillar) sai da cadeia após ser acusada pelo crime e ficar 18 anos presa.

Donatela (Cláudia Raia), viúva de Marcelo (Flávio Tolezani), resolve criar a filha do seu marido falecido com Flora, Lara (Mariana Ximenes). Sem saber quem fala a verdade, o público acompanha a personagem de Patrícia Pillar tentando reconquistar a filha biológica, enquanto Donatela tenta afastá-la.

No capítulo 56, Lara passa a acreditar na Flora, mas o público descobre que a loira é a verdadeira vilã e Donatela a vítima. No final, todos os personagens ficam sabendo que é a responsável pela morte de Marcelo e Lara fica ao lado de Donatela.

“A Vida da Gente” (2011) – Lícia Manzo

No estilo crônica, a trama conta a história de Manu (Marjorie Estiano), Rodrigo (Rafael Cardoso) e Ana (Fernanda Vasconcellos). Os dois últimos se apaixonam, mas são separados por Eva (Ana Beatriz Nogueira) quando ela descobre que sua filha, promissora jogadora de tênis, engravidou do rapaz.

O problema que Ana sofre um terrível acidente e fica em coma. Manu, motorista do carro que ocorreu o acidente, sente-se culpada e resolve cuidar da filha da irmã. Só que a moça também se apaixona por Rodrigo e eles começam a namorar.

Tudo muda quando Ana acorda. A jovem tenta recuperar o amor da sua vida e também da sua filha, sentindo um pouco de inveja de Manu. Já a personagem de Marjorie Estiano fica insegura com o retorno da irmã e machucados expostos são cutucados ao longo da trama.