Publicado em 17/04/2020 às 07:15:00
De Volta para o Futuro é um dos filmes mais bem sucedidos do cinema norte-americano e completa 35 anos em julho deste ano. Com uma legião de fãs, a produção de ficção científica é cheia de curiosidades nos bastidores, inclusive com vitória no Oscar mesmo com orçamento restrito e troca de ator no meio do caminho.
Michael J. Fox brilhou no papel do protagonista Marty, mas ele quase não fez parte do elenco. O ator foi o primeiro a receber o convite, mas teve que abrir mão por estar muito ocupado com a série de TV Family Ties. A produção então realizou testes e a concorrência foi de peso: Johnny Depp, John Cusack, Ralph Macchio, C. Thomas Howell e Eric Stoltz – ele se tornou o vencedor.
Eric iniciou as gravações e os trabalhos duraram cerca de seis meses. O produtor executivo Steven Spielberg e o diretor Robert Zemeckis não estavam gostando do tom adotado pelo elenco e resolveram regravar as filmagens, custando milhões de dólares perdidos para produtora.
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Zemeckis chegou a assumir para jornalistas norte-americanos que se equivocou a escolher Stoltz, porque ele não dava o tom de humor necessário e ainda não estava convencendo como um adolescente. A Universal confirmou confiava no projeto e Fox finalmente aceitou o papel, mesmo tendo que abrir brechas em sua agenda.
O roteirista Bob Gale criou Marty para ser um homem deprimido por causa da sua vida desorganizada e estaria muito perto de cometer suicídio, mas isso foi retirado da produção para tornar o longa-metragem mais divertido e a chegada de Michael ao elenco permitira o alívio cômico ficar mais visível na tela, já que ele é conhecido por ter o chamado “tempo de humor”.
E ter Fox no elenco fez o trabalho ser muito difícil. O ator tinha o cronograma cheio e as cenas precisaram ser filmadas à noite, tanto que Zemeckis garantiu que não lembra de ter visto a luz do dia durante as gravações.
“A maior dor de cabeça eram as cenas à mesa do jantar no início, com todo mundo usando maquiagem", disse Gale para revistas dos Estados Unidos. Foi preciso muitos cuidados para que não ocorressem erros de continuidade, porque a produção usou e abusou de dublês.
E por ter perdido milhões de dólares no início, a Universal restringiu o orçamento e a direção precisou fazer adaptações. Zemeckis garantiu aos jornalistas que o filme ficou melhor ao gravar tudo na cidade de Hill Valley, porque manteve a figura do relógio nas cenas.
De Volta para o Futuro teve detalhes de acabamento bem pensadas pelos produtores e uma cena filmada foi tirada da edição final. Marty via sua mãe colando numa prova da escola, contudo, os responsáveis pelo longa entenderam que o trecho fugia um pouco do contexto da história.
Em 1990, quando passou na TV dos Estados Unidos, houve uma propaganda da Playboy. O Doc Brown de 1955 vasculha seu jaleco no futuro e encontra um exemplar da revista. Nunca mais essa cena passou em outro local.
Ao fazer um filme de ficção científica, os produtores bateram cabeça sobre como os personagens fariam viagens no tempo. A primeira ideia era que tudo ocorresse por causa de uma geladeira, mas houve medo da produtora que crianças sofressem acidentes ao tentarem entrar no eletrodoméstico.
Eis que Gale e Zemeckis têm a ideia de usar um carro, o famoso DeLorean. Os responsáveis do filme entenderam que o visual estranho e futurista do automóvel chamariam atenção do público e fariam sucesso, o que acabou ocorrendo.
O caso mais curioso é que o criado do veículo foi preso por tráfico de drogas após a exibição do filme. “Ele nos escreveu uma carta depois do filme estrear: 'Obrigado por manter meu sonho vivo'", afirmou Gale ao Los Angeles Times.
Outra curiosidade interessante sobre o filme é que o laboratório de Doc Brown, quando Marty conecta sua guitarra em uma caixa, aparece o aviso “CRM-114”. Essa cena faz homenagem aos dois filmes do diretor Stanley Kubrick, que produziu Dr. Fantástico (1964) e Uma Odisséia no Espaço (1968).
De Volta Para o Futuro é um fenômeno de arrecadação. A Universal informou na época que o filme conseguiu somar de bilheteria um valor que ultrapassa a marca de US$ 350 milhões. Mesmo com as restrições financeiras na época que o longa foi gravado, o projeto levou um Oscar e recebeu várias indicações nas categorias do Globo de Ouro.
No prêmio mais importante do cinema, o filme levou a categoria Melhores Efeitos Especiais. Ainda recebeu indicações em Melhor Roteiro Original, Melhor Som e Melhor Canção Original com The Power of Love.
Já no Globo de Ouro, as indicações ocorreram em Melhor Filme de Comédia ou Musical, Melhor Ator Principal de Filme em Comédia ou Musical pelo desempenho de Michael J. Fox, Melhor Roteiro e Melhor Canção Original.
De Volta para o Futuro 2 (1989) foi lançado cercado de expectativas e obteve mais de US$ 330 milhões. Já o De Volta para o Futuro 3 (1990) não obteve o mesmo sucesso e a produtora optou por não continuar com a história.
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