Publicado em 05/11/2020 às 04:28:00
Os acordos com o Disney+ anunciados na última terça-feira (3) por várias empresas, para a venda conjunta do novo streaming, mostram que a estratégia da empresa americana para ter rapidamente uma base alta de assinantes será as parcerias. Tal ideia não é nova: foi assim que, na segunda metade da década passada, a Netflix conseguiu subir seus números em todo o Brasil.
Na ocasião, a Netflix fechou parcerias com operadoras de telefonia, como Tim e Vivo, para que a conta do streaming fizesse parte do pacotes pós-pagos de novos e antigos clientes. Isso fez muita gente ter o aplicativo principalmente a partir de 2016. A Disney percebeu que era uma boa estratégia para começar com uma boa base e atingir metas logo no primeiro mês de lançamento no Brasil. E as negociações serão com parceiras das mais diversas áreas.
Além do Globoplay, o Disney+ também fez acordos com o banco Bradesco e o Mercado Livre, para que clientes tenham vantagens ao assinar a nova plataforma, a partir do lançamento, em 17 de novembro. Quem também promete vender pacotes do Disney+ é a Vivo, assim como faz com a Netflix. O NaTelinha apurou que a empresa do Mickey Mouse também conversa com a Claro e a Tim para as vendas do Disney+ nos mesmos pacotes pós-pagos.
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No caso da parceria com a Globo, é um grande sinal de que as empresas são muito próximas no Brasil. A expectativa na emissora é para uma renovação do contrato de cessão de filmes na TV aberta, que termina no ano que vem. O acordo vai até meados de 2021, mas ele seria diferente do que acontece hoje - a Disney não cederia e não permitiria com tanta facilidade a exibição de longas da Marvel, por exemplo, para focar no streaming.
Outro ponto importante é a TV por assinatura linear. O Telecine já não exibe filmes da Disney desde setembro, assim como outros canais do próprio Grupo Disney, mas não é impossível retomar com essas exibições de longas menos importantes. Até a Disney sabe que precisaria desses filmes na TV como a gente conhece por enquanto até para chamar a atenção de alguma forma para a sua plataforma, ainda mais em um país onde a internet ainda não é saudável.
Por fim, um outro ponto importante é o forte combate às "senhas compartilhadas". O Disney+ será rigído na divisão de contas que normalmente são feitas por clientes no Brasil. O compartilhamento de telas será o mesmo de mercado, mas a Disney promete uma tecnologia que identifique quem normalmente acessa diretamente. É no conteúdo e na maior tecnologia que a Disney aposta suas fichas para crescer e passar seu concorrente com folga.
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