Ticiane Pinheiro chora ao revelar que foi impedida por Marlene Mattos de ser paquita

O documentário Pra Sempre Paquitas, disponibilizado no Globoplay na última segunda (16), trouxe à tona muitas revelações das famosas ex-assistentes de palco de Xuxa Meneghel, mas também de outras figuras importantes do cenário artístico.

Em depoimento à produção, Ticiane Pinheiro revelou que tentou, aos 9 anos, época que apresentava o Balão Mágico na Globo, ser uma das paquitas da Rainha dos Baixinhos no Xou da Xuxa, mas foi vetada por Marlene Mattos.

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A esposa de Cesar Tralli contou que chegou a escrever para Xuxa pedindo uma oportunidade. Ela, que era morena na época, conseguiu participar do programa e teve a carta falando do sonho de ser paquita lida no ar pela apresentadora.

"Ela [Xuxa] me levou para Marlene e disse: 'A Ticiane queria muito ser paquita. Ela [Marlene] olhou ara mim e falou assim: 'Ahan, Ahan'. Naquela hora, meu mundo caiu. Eu fiquei muito triste. Participei do programa, e fiquei com aquela coisa de menina que tinha um sonho e vê que a Marlene, que era a que mandava em tudo, não quis", comentou Ticiane, emocionada.

"Eu acreditava nos sonhos, eu ia atrás, e tinha certeza que eu ia conseguir tudo, como atriz, apresentadora. A única coisa que eu não consegui na vida foi ser uma paquita", afirmou a contratada da Record, que hoje apresenta o Hoje em Dia.

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Ex-paquitas acusam Marlene Mattos de obrigá-las a tirar a roupa

Em Pra Sempre Paquitas, as ex-assistentes de palco revelaram que eram chamadas por Marlene Mattos de "p*tinhas" e frequentemente obrigadas a tirarem a roupa para a chefe. "Teve um momento específico em que eu realmente me senti humilhada e sem saber como agir. Essa é uma lembrança muito dura, muito cruel", desabafou atriz Bianca Rinaldi.

"Para variar eu já sabia que ia levar um 'esporrão', né. Porque toda vez esse negócio de gordura... E a Marlene: 'Eu dou uma semana para vocês emagrecerem'. Eu já estava acostumada com aquele tipo de esporro da Marlene. A Ana Paula, não. Ana Paula chorando", disse Priscilla Couto, a Catuxita.

"É você se acostumar com esse tipo de abuso e achar que é normal", comentou Ana Paula Guimarães, a Catu, que dirige o documentário, às lágrimas. "É realmente muito humilhante", completou Bianca, também emocionada. "Sempre tinha essa questão de, em janeiro, ela querer ver o corpo da gente... Mas aí é uma situação delicada que eu não gostaria nem de falar. Isso é chato", declarou Roberta Cipriani, a Xiquitita.

"Eu fui a única que não tirei a roupa, porque ela me disse: 'Você não precisa'. Mas eu via as minhas amigas. Não é menos constrangedor", afirmou a atriz Juliana Baroni. "Tinha meninas que estavam sem a parte de cima da roupa: eu. Estava de vestido. Então, não vou entrar... Você mensura aí o constrangimento. E eu não estava fora do peso. A minha mãe nunca ficou sabendo disso. Foi tão pesado, tão feio, horroroso", lamentou Flávia Fernandes.

"Eu não estava indo para a reunião para tirar a roupa. Eu não estava de sutiã aquele dia. E eu falei: a blusa também? E ela disse: a roupa toda", lembrou Catu. "Nada justifica esse assédio moral, que a gente veio entender anos depois. A gente achava que era assim que funcionada a TV", analisou Juliana Baroni. Priscilla Couto contou que foi suspensa por Marlene Mattos por estar acima do peso. "Eu sabia que a qualquer momento, eu estaria fora", revelou.