Angélica fala de casamento aberto com Luciano Huck e rebate críticas por levar filha ao show de Madonna

Aos 50 anos e afastada da TV aberta desde o fim de seu contrato de exclusividade com a Globo, em 2020, Angélica segue se dedicando a projetos pessoais e à família e prepara, para breve, o retorno ao plim plim - a loira desenvolve alguns projetos para o canal. 

Em entrevista ao jornal O Globo, a apresentadora abriu o jogo sobre o casamento com Luciano Huck. "Apesar de fazer parte de uma geração que foi criada de forma mais conservadora, Luciano é curioso e gosta de ouvir. Mas, no dia a dia, sou sempre eu quem puxo a DR. Homens preferem não ter briga nem tirar debaixo do tapete determinadas situações. Ele pode até não concordar com que falo, mas fica lá, guardadinho", contou Angélica. 

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Prestes a completar 20 anos de casada, ela revelou alguns planos. "Queria fazer outro casamento, mas estou com preguiça (risos). Estava tão grávida quando me casei (em 2004) que não curti tanto a festa. A vontade de fazer a renovação de votos é enorme, estamos negociando isso. Seria uma celebração só para os íntimos, meus filhos entrando com a gente e eu, vestida de noiva. Numa praia na Bahia. Quem sabe?", cogitou.

"Não tem fórmula [para um casamento perfeito], cada um é de um jeito, mas precisa existir a vontade de estar junto. Eu e Luciano acreditamos na coisa da família e nos mesmos objetivos de vida a longo prazo. Temos projetos juntos. E respeito, que é o mínimo. Depois de um tempo, por mais que tenha a coisa do tesão, prevalece a amizade. O dia a dia requer muito isso porque não é sempre que a libido está lá em cima. O frio na barriga vai e vem", declarou Angélica. 

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"[O sexo] sempre teve espaço grande. Aí vieram os filhos e a energia vital se voltou para a maternidade. Agora que eles cresceram, passamos a olhar um para o outro de novo. Usamos brinquedinhos eróticos. A intimidade faz com que o sexo fique melhor. Diria que ocupa 60%, hoje", admitiu a loira, que ainda falou da possibilidade de o casal abrir a relação. "Não. Mas a gente fala sobre isso, temos amigos que são (não monogâmicos). Porém, dois desses casais adeptos da não monogamia não deram certo e os exemplos ficaram esquisitos", observou. 

E por falar em casamento aberto, a famosa deixou claro que perdoaria uma traição, sim. "Dependendo do que fosse, sim. 'Tenho outra família há 20 anos'. Isso seria bem difícil de perdoar. 'Tive uma situação com outra pessoa'. Pode ser que perdoasse, mas nunca vivi uma situação assim. Já o Luciano, não sei se conseguiria (perdoar), acho que não", disparou. 

Angélica fala sobre acidente de avião, show de Madonna e aborto

Angélica também comentou sobre o impacto do acidente de avião que a família sofreu em 2015. "Quando se vive um trauma, isso fica no DNA. Tive crises de pânico que curei com meditação, respiração, ioga e reforço na terapia. Em paralelo, vivi a avalanche dos 40 anos, em que os filhos crescem, casamentos longevos ficam mornos e surge o questionamento profissional. Acabei renascendo como mulher, mãe e profissional. Foi na dor? Sim, mas soube o que fazer com ela", confidenciou. 

A apresentadora ainda tocou em assunto polêmicos, como a legalização do aborto e da maconha. "Sou, sim [a favor do aborto]. Nunca fiz, mas defendo que a mulher seja protagonista do seu corpo e possa escolher. Não se pode envolver religião nessa questão, fé é uma coisa muito pessoal", disse. "Acho complicado num país como nosso, em que a educação não é prioridade, qualquer tipo de liberação maior. Mas pegar um menino com um cigarro de maconha e prendê-lo também é... Sou muito tensa com drogas e apavorada com o consumo alto de bebida entre os jovens", opinou. 

"O empoderamento das mulheres [é algo que me move]. Quero ajudá-las financeiramente e com informação. Também desejo compartilhar ferramentas de bem-estar, que são tão importantes para mim. O mundo está muito louco, os robôs estão chegando aí e temos que nos unir contra eles (risos). Ser humano é isso: olhar para o outro", brincou a esposa de Luciano Huck.

Por fim, Angélica rebateu as críticas por levar a filha, Eva, de 11 anos, para ver o show de Madonna. "Fiquei decepcionada com a quantidade de mulheres que me julgaram por isso (presentear a mãe com vibrador), que acharam um exagero. Sou uma pessoa pública que desperta questionamentos. Minha intenção era de que as pessoas repensassem o próprio prazer. Já ter levado a Eva ao show da Madonna, vou te contar algo que nunca falei: uma amiga me relatou uma cena em que Madonna simula se masturbar sobre uma cama. Quando chegou a hora, virei a Eva e ela ficou de costas para o número. Mas cada um sabe de seu filho. Não se metam com a minha (filha), quem a educa sou eu", avisou.