Vilão de Xuxa, ator teve doença rara que o fez abandonar carreira
Com a Síndrome de Machado-Joseph, Guilherme Karan deixou a mídia e morreu cerca de 10 anos depois
Guilherme Karan foi vilão dos filmes Super Xuxa contra Baixo Astral (1988), Xuxa e os Duendes (2001) e Xuxa e os Duendes 2: No caminho das Fadas (2002) - Foto: Reprodução/Montagem NT
Vilão dos filmes Super Xuxa contra Baixo Astral (1988), Xuxa e os Duendes (2001) e Xuxa e os Duendes 2: No caminho das Fadas (2002), o ator Guilherme Karan morreu há 7 anos. Ele havia sido diagnosticado com uma doença degenerativa, que o fez abandonar a carreira e sumir da mídia.
Com o reconhecimento de seu trabalho no cinema e no teatro, Guilherme Karan estreou na TV na novela Partido Alto (1984), como o guru Políbio. Foi o primeiro de diversos papéis cômicos do ator na televisão. Naquela década, ele também integrou, entre outras produções, o humorístico TV Pirata.
Entre os papéis mais lembrados, está o do misterioso mordomo Porfírio de Meu Bem, Meu Mal (1990), sempre assediando sua Divina Magda (Vera Zimmermann). A última novela foi América (2005), da amiga Gloria Perez, em que viveu o cantor latino Geraldito, que marcou sua despedida da TV.
Em 29 de abril de 2005, o artista sofreu um assalto dentro de um táxi. Ele não se feriu, mas o motorista foi assassinado ao reagir. Desde aquela época, Karan começou a manifestar sintomas da Síndrome de Machado-Joseph, que também havia acometido sua mãe e parte da família, incluindo irmãos.
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A doença, degenerativa e progressiva, compromete as funções motoras e neurológicas. O sintoma mais comum é a falta de equilíbrio. Com o avanço da condição, Karan passou a usar cadeira de rodas. A anomalia genética fez com que ele passasse recluso os últimos anos de vida.
Guilherme Karan morreu aos 58 anos, com doença em estágio avançado
Guilherme Karan morreu em 7 de julho de 2016, no Rio de Janeiro (RJ), aos 58 anos, vítima de complicações da Síndrome de Machado-Joseph. Ele estava internado havia dois anos, sofria de problemas na coluna e recebia a ajuda de dois enfermeiros e de um fisioterapeuta, além do acompanhamento do pai Alfredo Karan.
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“Ele herdou da mãe [a doença]. Perdi um filho com a mesma doença. Guilherme fica na cadeira de rodas o tempo todo. Tem horas que ele está lúcido e tem horas que não", disse Alfredo, em entrevista ao jornal Extra, em 2012, quatro anos antes da morte do famoso.
Naquele mesmo ano, o pai contou ao portal Terra: "O Guilherme se lembra do que fez na vida e hoje está impossibilitado, então fica triste. Ele era muito querido no meio artístico". Em 2015, a doença já havia evoluído a tal ponto que o ator já não conseguia andar, falar nem se alimentar pela boca.
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“O caso é muito triste. Guilherme está com uma doença que só progride e, até o momento, não tem cura. Ele não fala, não anda e perdeu a capacidade de comer pela boca, pois não consegue deglutir os alimentos. Ele correria risco de engasgar e morrer.”
De acordo com informações do Jornal Nacional na época, o ator se manteve lúcido na maior parte do tempo. Ele gostava de editar textos e pedia que os acompanhantes escrevessem para ele.
Guilherme Karam foi casado com a bibliotecária Bettina Calado, e teve um filho, Gustavo, que nasceu em 1998. Veja uma foto da família nos anos 1990:
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