Sonia Abrão é detonada por cunhada de Eloá após dizer que "faria tudo de novo": "Cruel"

Quinze anos após a morte de Eloá Pimentel, Cíntia Pimentel, cunhada da jovem, detonou Sonia Abrão. A revolta da esposa de Ronickson Pimentel dos Santos, irmão mais velho da adolescente, que foi mantida em cárcere privado e assassinada pelo ex-namorado, se deu por conta de algumas declarações recentes da apresentadora. A titular do A Tarde É Sua disse que não se arrepende de ter conversado com Lindemberg Alves e "faria tudo de novo".

"Agora, quero falar não só como parte da família da Eloá, mas também como mãe. Ainda não sei se isso chegou até a minha sogra, mas a declaração dela causa muita dor. Dizer que faria tudo de novo é cruel. Chego à conclusão de que, para alguns, a audiência midiática vale muito mais do que a vida de outra pessoa. Acreditávamos que ela tinha se arrependido, principalmente pelo silêncio ao longo destes 15 anos, não sei se um dia ela refletirá mais sobre o assunto", pontuou Cíntia, em conversa com a Marie Claire.

Em 2008, Sonia Abrão foi acusada de atrapalhar as negociações da polícia, já que utilizou a mesma linha telefônica para entrevistar o sequestrador e a própria vítima, enquanto ela ainda estava em cárcere. "A sociedade evoluiu no pensamento, mas na prática ainda falta muito. Lembro de nunca ter visto nada como o crime que aconteceu contra a Eloá", continuou a cunhada da menina, que só conheceu o marido dois anos após a tragédia.

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"Ficará marcado na história do Brasil para sempre, e é uma tragédia. Questionei se ela havia pedido desculpas para a família, e nunca pediu. Na entrevista, ela até diz que não tem problemas em se desculpar, se precisasse. De todas as pessoas envolvidas nesse caso, ela falar disso com orgulho é triste. A Eloá tinha a vida inteira pela frente", lamentou ela.

Em 13 de outubro de 2008, Lindemberg Alves, que tinha 21 anos, invadiu o apartamento em que Eloá morava com a família, em Santo André, no ABC Paulista. Inconformado com o fim de seu relacionamento com a adolescente, ele manteve a ex-namorada e sua melhor amiga, Nayara Rodrigues, em cárcere privado, sob ameaças. Quatro dias depois, a polícia invadiu o imóvel, mas durante o confronto o assassino atirou nas vítimas e Eloá não resistiu. O caso será o primeiro a ser exibido na volta do Linha Direta, que estreia em maio na Globo.