Assim como Clara de Vai na Fé, Regiane Alves conta que viveu relação abusiva

Descrita como uma personagem que sofre com o machismo do marido, Theo (Emilio Dantas), os conflitos de Clara vai muito mais além disso em Vai na Fé. Intérprete da mãe de família, Regiane Alves aposta na virada da personagem ao abrir os olhos para o relacionamento abusivo que vive. Não é rara as cenas que o marido dela a humilha, situação encontrada em diversos lares brasileiros na atualidade.

Para a atriz, ser porta-voz da violência contra a mulher é fundamental para que pessoas do gênero feminino se identifiquem com a situação que Clara vive e percebam que podem dar um basta em abusos sofridos. Em entrevista, Regiane Alves revela se já passou por uma situação abusiva como sua personagem e conta o que a faz escolher um papel depois de 25 anos na televisão. 

O relacionamento entre Clara e Theo dá sinais que não anda muito bem em Vai na Fé. O advogado insiste em humilhar a esposa a todo custo, para se sentir dono da própria companheira. Segundo Regiane Alves, a novela coloca o tema do relacionamento abusivo de forma coerente.

"A relação deles é doentia. Esse marido está sempre a humilhando e colocando ela pra baixo. Ela não tem coragem, mas durante a novela vai ter uma reviravolta muito interessante", afirma.

"A novela coloca esse tema dentro de uma família emergente. Você olha por fora, é uma mulher bem vestida, com cabelo bom, uma pele boa, mas ela está sofrendo abuso dentro de uma situação que você acha que não poderia acontecer. Isso acontece muitas vezes porque acaba que a gente classifica a situação só dentro de uma classe média baixa, mas acontece em qualquer classe."

Regiane Alves

Regiane Alves e seus relacionamentos antigos antes de Vai na Fé

A atriz, de 44 anos, apesar de ser discreta em seus relacionamentos atuais, já foi casada e namorou alguns nomes conhecidos, como o diretor André Felipe Binder e o cineasta João Duarte Gomez, filho de Regina Duarte. Ao viver uma personagem que vive uma relação abusiva, a artista conta se já teve um relacionamento parecido.

"Acho que quem tem 40 anos já passou por algumas coisas, a gente sofre sem perceber, mesmo quando a gente fica dentro de uma relação querendo agradar o outro. Hoje, a gente tem o poder da palavra, quanto mais fala melhor vai ser. A Clara é um personagem muito forte, dentro da trama, de poder fazer com que as mulheres se identifiquem e ver quanto é possível que consigam fazer essa virada", revela.

VEJA TAMBÉM

• Evento

  Com Geraldo Alckmin presente, festa da CNBC anuncia data da estreia do canal no Brasil
• Fim da novela

  Ao vivo, Sérgio Maurício crava Fórmula 1 na Band em 2025
• Churrasquinho?

  A Dona do Pedaço no Vale a Pena Ver de Novo? Globo faz suspense e "surpresa" decepciona
• Morto há 3 anos

  Globo exalta Gilberto Braga, mas mantém trabalhos inéditos na gaveta

Com mais de 25 anos de carreira, 24 deles só na Globo, Regiane escolhe seus trabalhos a partir das pessoas envolvidas no projeto. Saber primeiro quem é o diretor, autor e o elenco com que trabalhará são coisas que pesam na aceitação do papel.

"É um tempo muito longo fazendo novelas, são oito meses, então tem que ser boas pessoas, senão você não aguenta fazer uma trama. A novela é aberta. Por mais que você leia uma sinopse, é muito diferente quando vai se desenvolvendo porque o autor pode mudar, ou alguma coisa não deu certo. A gente costuma falar que a gente só conhece o personagem no final dos 180 capítulos porque, no início, você só tem um rascunho", avalia a atriz de Vai na Fé.

"Eu tive que fazer uma recusa de papel porque eu estava emendada por dois ou três trabalhos, mas não me arrependi porque, realmente, naquela época, eu estava bem cansada. Mas já tiveram personagens que, ao assistir, comentei que eu poderia ter feito o papel."

Regiane Alves