Publicado em 29/12/2022 às 15:58:00,
atualizado em 29/12/2022 às 16:00:51
Pelé morreu nesta quinta-feira (29), aos 82 anos, em São Paulo (SP). O ex-jogador de futebol, que fez história no esporte e se tornou um dos brasileiros mais reconhecidos no exterior, estava internado desde 29 de novembro no Hospital Albert Einstein. Ele tratava um câncer de cólon, diagnosticado no ano passado e agravado recentemente por uma infecção respiratória.
Em 21 de dezembro, o boletim médico informou que Pelé apresentou progressão da doença oncológica, com disfunções renal e cardíaca. No início de dezembro, a informação era de que o ex-craque não estava mais respondendo ao tratamento quimioterápico. O veterano então passou a receber cuidados paliativos para aliviar a falta de ar e a dor.
Os cuidados paliativos são indicados àqueles pacientes que têm doenças ou condições progressivas e potencialmente mortais, levando em consideração sintomas, prognóstico e expectativa de vida. Ainda no início do mês, Pelé foi diagnosticado com uma infecção respiratória, que começou a ser tratada com antibióticos.
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Nascido em 23 de outubro de 1940, em Três Corações, no interior de Minas Gerais, Edson Arantes do Nascimento se tornou Pelé, um dos maiores jogadores de futebol de todos os tempos. Seguiu os passos do pai, Dondinho (1917-1996), que também foi futebolista. A mãe, Celeste Arantes, está viva, com 100 anos.
A carreira nos campos começou na equipe infanto-juvenil do Bauru Atlético Clube, conhecido como Baquinho, time amador do interior do estado de São Paulo, na década de 1950. A habilidade chamou a atenção, e ele foi aprovado após um teste no Santos com apenas 15 anos, dando início a uma vitória trajetória no time paulista.
Tornou-se a principal estrela do Peixe, vencendo com goleadas logo nos primeiros jogos no time profissional. Maior artilheiro da história do clube, o levou à conquista da Copa Libertadores da América de 1962 e 1963.
Pelé fez sua estreia pela Seleção Brasileira no fim dos anos 1950, com 16 anos. É também nosso maior goleador, com 77 gols em 92 jogos, contribuindo para as vitórias em três dos cinco campeonatos conquistados na Copa do Mundo: em 1958, 1962 e 1970.
Sua despedida dos campos foi em 1974, com vitória do Santos sobre o Ponte Preta, pelo Campeonato Paulista. Antes de se aposentar, entre 1975 e 1977, ele ainda defendeu o Cosmos, de Nova York.
Mesmo após pendurar as chuteiras, seguiu como uma das personalidades brasileiras mais reconhecidas em todo o mundo. Na década de 1990, foi nomeado ministro do esporte pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso. Também passou a atuar como comentarista.
Sua vida íntima sempre foi vastamente explorada, a exemplo do namoro com Xuxa Meneghel, nos anos 1980. Foi casado duas vezes: com Rosimeri Cholbi, com quem teve três filhos, Edinho, Jennifer e Kelly, entre os anos 1960 e 1970; e com a cantora gospel Assíria Nascimento, mãe dos gêmeos Joshua e Celeste, na década de 1990.
Pelé deixa a esposa, a empresária Márcia Cibele Aoki – com quem começou a namorar em 2010 e com quem se casou em 2016 – e também seis filhos. Além dos herdeiros dos casamentos anteriores, já citados, ele teve duas filhas de relações extraconjugais reconhecidas na justiça: Sandra Regina, que morreu em 2006, e Flávia Kurtz, ambas dos anos 1960.
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