Publicado em 21/12/2022 às 20:34:00, atualizado em 21/12/2022 às 20:34:11
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Na manhã desta quarta-feira (21), morreu Pedro Paulo Rangel, aos 74 anos. O ator estava internado em um hospital do Rio de Janeiro para tratar uma descompensação do quadro de enfisema pulmonar desde o fim de novembro, mas já enfrentava a DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica) há duas décadas, problema que foi causado pelo cigarro. Ao NaTelinha, o o pneumologista do Hospital Badim, Leonardo Palermo, fala sobre os sintomas e os cuidados relacionados à condição.
Segundo o especialista, a DPOC não tem cura e um dos principais sinais que os pacientes apresentam é a falta de ar, inicialmente apenas quando faz esforços e depois até mesmo quando está em repouso. Em determinados períodos do ano, agentes externos podem desencadear um estado agudo da doença, causando tosse intensa, cansaço, falta de ar, taquicardia e outras reações que levam o enfermo a procurar atendimento médico.
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"Esses quadros aumentam o risco de morte", alerta o profissional da saúde, que ainda diz que os pacientes com DPOC têm mais propensão a refriados, gripes e infecções respiratórias. O pneumologista ainda destaca que essas manifestações acabam diminuindo ainda mais a imunidade e, consequentemente, agravando o problema.
"Eles costumam chegar à emergência com dificuldade respiratória e com uma produção elevada de secreção. Geralmente, encaminhamos esse paciente para a internação, mas já na emergência conseguimos classificar a gravidade daquele caso e solicitar os primeiros exames de sangue, Raios X, tomografia e sempre monitorando a saturação."
DPOC: Doença que Pedro Paulo Rangel enfrentava reduz qualidade de vida
De acordo com o Ministério da Saúde, 25% dos pacientes com DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica), problema que Pedro Paulo Rangel descobriu em 2002, necessitam de hospitalização durante as crises, principalmente por causa da falta de ar, um dos principais fatores que reduzem a qualidade de vida desse grupo.
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Dados oficiais ainda apontam que a DPOC é a terceira causa de morte no Brasil entre as doenças crônicas não transmissíveis, atingindo cerca de sete milhões de indivíduos, sendo que 70% não estão diagnosticados e 61% são fumantes e ex-fumantes que mantiveram o vício por um longo período, como era o caso do ator. O problema é a quarta principal causa de morte no mundo. Entre os anos de 2005 e 2010, o país registrou um aumento de 12% no número de mortes pela doença, o que representa quase 40 mil óbitos por ano.
De acordo com o pneumologista Leonardo Palermo, são indicados medicamentos específicos, a variar segundo os agentes que desencadearam a crise aguda. Alguns pacientes mais graves também necessitam de fisioterapia respiratória. "O primeiro passo e o mais importante é o paciente com DPOC parar de fumar. E, atualmente, a DPOC pode ser controlada por meio de novas terapias e medicamentos", destaca o médico.
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O especialista também cita cuidados fundamentais para o paciente com DPOC, como adotar uma dieta saudável, evitando alimentos gordurosos, ter disciplina com os remédios, praticar atividades físicas com acompanhamento médico, manter o ambiente doméstico limpo e sem odores fortes que possam desencadear crises, manter a carteira de vacinação em dia, não ingerir bebidas alcoólicas e andar sempre com cartão contendo informações sobre os medicamentos consumidos.
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