Moacyr Franco lamenta não ser lembrado: "Tentando provar que existi"

Moacyr Franco demonstrou chateação com a classe artística por não ser “muito lembrado”. Para poder comprovar que teve uma trajetória importante para televisão e música brasileira, o ator enviou aos filhos uma reportagem publicada na Revista Intervalo, feita em 1963. Na época, ele apresentava o Moacyr Franco Show na TV Excelsior.

“Fico tentando provar a eles que eu existi. Chega uma hora em que tudo se perde. Ninguém fala de mim, do meu passado glorioso. Nunca fui muito comentado. Às vezes, estou no meio de uma história e me dá uma vergonha danada, porque eles pensam que estou mentindo. Aí falo, ‘pode perguntar para o... ih, morreu!’, ‘já sei, eu estava com o... morreu!’. Morreram todos! Mas não tenho lamentação, eu fui trabalhando”, afirmou ele em entrevista ao jornal O Globo.

Por conta da pandemia, Moacyr Franco percebeu que houve uma diminuição nas oportunidades de trabalho. Apesar das dificuldades para se manter no mercado, o ator gravou a segunda temporada da série Segunda Chamada, que será exibida em breve na Globo.

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“Ela me tirou o emprego e o direito autoral. Fecharam os botecos, onde sempre tinha uma música minha tocando. Acabou com os shows sertanejos, que cantam minhas canções. O meu show era para velho, mas os velhos morreram...”, comentou com bom humor.

Moacyr Franco fala de Sérgio Reis

Moacyr não quis falar sobre política, mas afirmou que ficou muito chateado com o que aconteceu com Sérgio Reis. Ele elogiou o trabalho artístico do músico, mas lamentou como tudo ocorreu.

“Naquela época, a música tinha uma história, um enredozinho e um desfecho. Hoje, acho um pouco pobre o assunto. Se resume a "garçom, quero te contar minha vida, deixa eu beber outra...”, iniciou.

“Achei uma pena (artistas terem desistido de participar do novo disco do artista), porque o Sérgio não é isso. Ele é uma pessoa muito legal, companheiraço, preocupado com os outros. Depois, é um homem já doente...”, concluiu.