Publicado em 28/12/2020 às 18:18:45
Juliana Paes rebateu insinuações de que seria apoiadora do presidente Jair Bolsonaro. No último sábado (27), o nome da atriz ficou entre os assuntos mais comentados nas redes sociais após a reprise da cena de A Força do Querer em que Bibi Perigosa aprende a atirar.
Telespectadores, ao verem a personagem sentindo prazer ao segurar uma pistola e posar com um fuzil, lembraram que Juliana Paes já manifestou apoio ao governo quem entre outras bandeiras, defende o armamento da população mesmo com quase 500 mil mortes por armas de fogo no Brasil entre 2010 e 2019, segundo o Ministério da Saúde.
"Eu, bolsominion? Ser sensata e desejar que as pessoas parem de brigar não significa ser bolsominion. Parem de encher meu saco e feliz 2021!", escreveu Juliana em seu perfil no Twitter.
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O tweet complementa uma declaração dita pela atriz em julho de 2019, ao jornal O Globo, que gerou controvérsia entre o público e eleitores contrários a Bolsonaro. Na época, o presidente já era conhecido por defender a ditadura militar (1964-1985) e atacar constantemente a Globo, emissora da qual Juliana Paes é contratada.
"Torço para que o país dê certo, independentemente de quem esteja em Brasília. Não bato palma para tudo que o presidente Jair Bolsonaro diz, mas vamos apoiar já que ele está lá. Não vou boicotar. Essa polarização é boba. Entre o branco e o preto, há infinitos tons de cinza, muitos pensamentos e ponderações. Sou a favor do diálogo", disse ela.
A atriz também criticou o movimento contrário ao então candidato à Presidência durante a eleição de 2018, "Ele Não", adotado inclusive por suas colegas de emissora.
"Não sou obrigada a compartilhar uma hashtag só porque geral postou. Não considero ético pegar meus 19 milhões de seguidores no Instagram para opinar sobre um tema que não domino. Prefiro me abster. Achar que as pessoas precisam saber o que você pensa é o ego falando mais alto", afirmou.
Na ocasião, ela havia acabado de estrear como Maria da Paz, protagonista de A Dona do Pedaço. A entrevista repercutiu negativamente a ponto de telespectadores contrários ao governo apelidarem a novela de "A 17 do Pedaço", em referência ao número de Bolsonaro na urna eletrônica.
Dois meses antes das declarações ao jornal O Globo, em abril, Juliana Paes fez campanha em seu Instagram em defesa da Nova Previdência, idealizada pela equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes, que, entre outras mudanças, propõe idade mínima para aposentadoria de 62 anos para mulheres e 65 para homens (em vez dos atuais 55 e 60 anos, respectivamente).
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