Publicado em 28/12/2020 às 17:41:01
Aniversariante do dia, Larissa Manoela é mais uma celebridade envolvida no golpe do auxílio emergencial. A atriz, que completa 20 anos nesta segunda-feira (28), foi usada por terceiros para receber o benefício criado pelo Governo Federal para socorrer brasileiros que perderam a renda durante a pandemia de coronavírus.
O NaTelinha teve acesso ao cadastro da artista na página do Auxílio Emergencial. Nela, constam o CPF da atriz, a data de nascimento e o nome completo da mãe, Silvana Taques. O golpista enviou os dados em 15 de maio, e o governo concedeu o benefício a Larissa Manoela, porém não foi ela a autora do pedido.
A primeira parcela de R$ 600, valor do auxílio, foi creditada à pessoa que se passou por Larissa em 29 de maio. As demais quantias caíram na conta do golpista, respectivamente, em 6 de julho, 26 de agosto, 30 de setembro e 3 de novembro deste ano.
Procurada pelo NaTelinha, a assessoria de imprensa de Larissa Manoela informou que soltará uma nota oficial em breve. Assim que o fizer, o texto será atualizado.
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A assessoria de Larissa Manoela se manifestou a respeito da fraude. Leia a resposta na íntegra:
"Larissa Manoela foi mais uma das pessoas que se tornaram vítimas de fraude em relação ao Auxílio Emergencial, necessário benefício oferecido pelo Governo Federal no período de pandemia a quem precisa.
A atriz foi informada pela imprensa de que seu nome estaria constando no site da Caixa Econômica Federal, embora ela nunca tenha solicitado o auxílio. Os dados de Larissa foram usados fraudulentamente por terceiros e o nome de Larissa jamais poderia constar como beneficiária, uma vez que não preenche os requisitos para se cadastrar, solicitar ou receber esse dinheiro. E, ainda que preenchesse, não se cadastraria para solicitar tais recursos aos quais ela tem ciência de não fazer jus.
Ao tomar conhecimento da fraude, o advogado de Larissa Manoela, Evaristo Martins de Azevedo, afirma que a atriz foi vítima desse golpe que, ao que parece, vem sendo aplicado desde maio deste ano, cujo dinheiro não foi depositado em nenhuma conta da atriz. E tomará as providências necessárias para identificar os responsáveis pela fraude de modo que o valor desviado seja recuperado e devolvido aos cofres públicos e, a seguir, destinado a quem realmente precisa do auxílio.
'Vamos exigir que a Caixa Econômica Federal revele de onde surgiu o 'requerimento' e a quem foi depositado indevidamente o benefício. E vamos requerer a apuração na CEF e/ou judicialmente', informou o advogado.
Enquanto isso, milhares de pessoas, com quem a atriz se solidariza, continuam efetivamente precisando do auxílio e esperam por uma aprovação da prorrogação dos recebimentos. Desde que começou período de isolamento social, Larissa Manoela tem protagonizado diversas ações em prol das pessoas mais afetadas pela pandemia, a exemplo da live beneficente, de campanhas solidárias que participou e de doações que arrecadou; além de ter total consciência de que o auxílio emergencial deve ser um direito somente de quem está passando por dificuldades econômicas decorrentes desse momento de crise".
Outros famosos também já foram vítimas do golpe do auxílio emergencial. Felipe Neto, Manu Gavassi e Whindersson Nunes, por exemplo, tiveram seus nomes usados para o cadastro no programa do Governo Federal.
Anitta, outra celebridade envolvida na fraude, negou ter solicitado o benefício de R$ 600 e denunciou o crime à Caixa Econômica Federal. "Uma solicitação na ouvidoria da Caixa Econômica Federal já foi realizada para cancelar o cadastro, feito de forma fraudulenta em nome da cantora, porém utilizando uma conta bancária do fraudador. Anitta repudia qualquer tipo de fraude e deseja que os órgãos competentes descubram e punam quem esteja por trás desses atos criminosos", informou a assessoria da cantora.
Vinicius Bonemer, filho de William Bonner e Fátima Bernardes, foi outra vítima do golpe. O apresentador do Jornal Nacional desabafou sobre a fraude.
"Interrompo meu silêncio no Twitter para denunciar uma injustiça e uma fraude com dinheiro público. Primeiro, a injustiça. Estelionatários têm usado há 3 anos o nome e do CPF de meu filho para fraudes, como a abertura de empresas ou a contratação de serviços de TV por assinatura, entre outras. Constituí advogados para encerrar todas as falcatruas, devidamente denunciadas à polícia, com queixas registradas em boletins de ocorrência. A repetição de fraudes chegou ao ponto de tornar recomendável uma troca do CPF. Mas, no Brasil, a vítima de golpes dessa natureza precisa passar por uma longa provação, em que tempo e dinheiro se esvaem no desenrolar do processo burocrático", escreveu.
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