Publicado em 21/08/2018 às 07:01:05
Atualmente em cartaz como o professor Salvador em "As Aventuras de Poliana", Eduardo Semerjian também esteve na última temporada de "O Negócio", da gigante HBO, sucesso em vários países da América Latina, Europa e até da Ásia.
Gravando pelo SBT desde setembro do ano passado, ele encara um papel diferente daquele da série. Enquanto Salvador é um professor de Artes espontâneo, Cesar também era um professor em "O Negócio", mas de esgrima e homossexual. "Este é meu maior prazer como ator: poder explorar personagens que não tenham nada a ver um com o outro", conta em entrevista ao NaTelinha.
Para o ator, Salvador é um apaixonado pela arte, provocador e divertido. "Estou me divertindo muito fazendo 'As Aventuras de Poliana'", comemora ele, ressaltando que seu personagem é um daqueles que pensam fora da caixinha: "E saem dos estereótipos de como se deve comportar em sociedade fazem com que reflitamos sobre nossa espontaneidade".
Hoje em dia, apenas a TV Cultura e o próprio SBT mantêm uma programação infantil diária. A Globo, por exemplo, aboliu seu último programa do gênero em 2012, com a chegada do matinal de Fátima Bernardes. "Penso o seguinte: se por um lado, estamos vendo uma diminuição do número de emissoras que investem em vários segmentos, por outro temos vários canais que se especializaram em programas para a criança e o adolescente, transformando o formato da segmentação: em vez de segmentar dentro das próprias emissoras produzindo para várias áreas, elas estão preferindo se especializar em cada segmento", analisa.
Dessa forma, para Eduardo, hoje já existem canais especializados em filmes, esportes ou programação infantil: "SBT e Cultura são, historicamente, produtores de programas para crianças. E sendo as duas únicas que produzem para crianças na TV aberta, acabam atingindo um público enorme: o dos que não tem condição de ter uma TV a cabo, além dos que escolhem estes canais, mesmo tendo TV fechada à disposição".
Sucesso internacional
"O Negócio" chegou a sua quinta e última temporada em 2018. A primeira foi ao ar em 2013. Eduardo considera o produto da HBO como marcante, e lista as razões: "Entre elas, primeiro porque eu comecei convidado pra fazer uma participação rápida na primeira temporada. Porém, logo na segunda, já trabalhei o equivalente a um quarto das diárias da série à época e fui recompensado ao me tornar parte do elenco fixo. Na terceira e quarta temporadas, meu personagem continuou crescendo. Além disso, tive o prazer de fazer uma dupla de sucesso com o Guilherme Weber (o Ariel na série), tremendo ator e por quem tenho muito carinho. Cesar, meu personagem, tornou-se uma espécie de 'meio de ligação' entre os personagens da Oceano Azul (depois Blue) e foi ganhando histórias próprias".
Lançada simultaneamente em 52 países, "O Negócio" só não é mais vista por aqui que "Game of Thrones": "Meu personagem cresceu seguidamente na primeira série de TV fechada a atingir quatro temporadas. Crescer assim numa série desse porte é um elogio indireto maravilhoso ao meu trabalho".
Por tratar de prostituição e sobretudo num canal premium, "O Negócio" é recheada de cenas de sexo. O personagem de Eduardo, no entanto, teve apenas uma cena, onde num dos episódios, os personagens aparecem numa espécie de clipe transando.
"O tema e a estética da série sempre envolveram nudez e sexo, então nada mais natural que mostrar outros personagens, que não apenas as quatro garotas principais, em cenas dessa natureza. A diferença era justamente a de meu personagem ser gay. Mas foi bom ela acontecer para que esse tabu também caia. Todo mundo sabe que a homossexualidade acontece desde sempre, e escondê-la justamente numa série como 'O Negócio' poderia soar hipócrita. Felizmente, os roteiristas, a direção, os atores envolvidos e a própria HBO acharam que era absolutamente cabível ter essa cena. Foi tudo muito respeitoso e natural, e fico feliz de ter podido contribuir para o combate a mais esse preconceito. E ademais, o final todo desse episódio acabou ficando esteticamente lindo", pontua.
Palestra
O ator é palmeirense literalmente de carteirinha, como faz questão de dizer. Seu pai o associou ao clube quando tinha apenas um ano de idade, e cresceu brincando nas piscinas e alamedas do Palmeiras. "Já fiz locução de vídeos motivacionais para os jogadores profissionais", relembra.
Ele cita quando o jornalista Mauro Beting o convidou para narrar um texto de sua autoria em 2015, e que foi mostrado aos atletas nos vestiários, antes da semifinal do Campeonato Paulista contra o Corinthians. "Nesse dia empatamos no tempo normal, e fomos à final após dois pênaltis defendidos pelo Fernando Prass, numa disputa de matar qualquer um do coração. Acabei fazendo mais algumas dessas locuções, e estou sempre disponível para quaisquer ações que o Palmeiras precise de mim e sempre sem cobrar um centavo. Faço por amor", garante.
O palmeirense, aliás, tem muito a comemorar. Depois da volta do técnico Luiz Felipe Scolari, o Felipão, o Palmeiras está há sete jogos sem tomar um gol sequer. "Sempre o admirei [Felipão] e sem dúvida, está entre os cinco maiores técnicos da história do clube. Mas confesso que essa volta dele foi uma incógnica para mim", diz ele, ressaltando os dois anos e meio que o técnico passou na China e por ter participado da campanha que culminou no segundo rebaixamento da história do Palmeiras em 2012.
Apesar disso, Semerjian não esquece: "Mas é inegável: ele é um ídolo do clube. Espero que continue nessa toada. Seria maravilhoso vê-lo dar a volta por cima na carreira".
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