Publicado em 13/10/2017 às 19:20:52
Funkeiro e ex-marido de Antonia Fontenelle, Jonathan Costa compartilhou em seu Instagram um vídeo onde aparece sendo agredido por seguranças de um show na casa Via Expressa, em Friburgo, Rio de Janeiro.
Na imagens, ele aparece tocando na festa quando um segurança parte para cima o agredindo sem motivo aparente, com direito à "mata leão" e tudo.
Jonathan Costa diz que apanhou por ser funkeiro e contou como tudo aconteceu. "Assim que chegamos ao evento de ontem, os contratantes pediram para que eu tocasse num volume um pouco mais baixo, quase som ambiente – só depois eu fiquei sabendo que era porque o alvará do evento só valia até as 2h da manhã. Eram 3.000 pessoas cantando comigo, que foram ali para me ver tocar...E eu tive que parar o som porque não alcançava todo mundo e com o passar da apresentação eles iam abaixando cada vez mais. Não era a apresentação que o público esperava e nem a metade do que é show. Foi quando eu avisei ao público que iria parar de tocar, mas ficaria ali com eles até o final do horário da apresentação, em respeito a eles", começou.
E continuou relatando o momento exato da violência: "Eu sugeri que, já que não teve apresentação, que eles poderiam reivindicar o valor pago no ingresso. Foi quando OS SEGURANÇAS vieram com muita violência para cima de mim e da minha equipe, vieram pra matar. Quase me mataram! O público começou a gritar 'Não à agressão', a jogar gelo nos homens que me agrediam e minha equipe e alguns até subiram no palco para tentar me defender. Foi uma covardia! Só parou porque um policial militar chegou a tempo, me reconheceu e deu a ordem para me soltarem. Se a polícia militar não estivesse na redondeza para efetuar o mandato do alvará de som, poderia ter acontecido coisa pior".
Jonathan Costa disse que sentiu a morte de perto: "Senti a morte chegar... Depois de passar por um momento tão feliz de reconhecimento internacional do nosso funk há uma semana num evento importante em Paris, tenho que passar uma situação dessa aqui no nosso país. Fui discriminado por ser FUNKEIRO. Me agrediram na frente de mais de 3.000 pessoas por eu ser DJ de FUNK. E não sei o que mais me revolta: ser agredido fazendo o meu trabalho ou ser desvalorizado no único lugar do mundo que deveria ter respeito e orgulho de sua cultura. #semviolencia #funkécultura #JonJonOBAILE".
Após a confusão, o funkeiro registrou queixa na 151ª DP de Friburgo.
O NaTelinha tentou durante toda a tarde localizar o contratante do show para ouvir o outro lado, mas até o fechamento desta matéria ninguém foi encontrado.
Veja o vídeo:
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