Publicado em 26/05/2024 às 13:00:00,
atualizado em 26/05/2024 às 13:00:48
Quando a Globo anunciou No Rancho Fundo com a volta de personagens de Mar do Sertão, inclusive Deodora, chamou a atenção porque a pergunta que não queria calar era: como a temível vilã de Debora Bloch estaria anos após ter sido a responsável pela morte do próprio filho? Somente uma atriz gabaritada saberia reconstruir algo assim sem descredibilizar o produto.
Debora é uma atriz completa e não devia mais nada a ninguém. Sua composição em Mar do Sertão era tão boa ou até melhor que a ótima vilã, também no horário das 18h, em Cordel Encantado (2011). Que ela sabia o caminho das pedras, ninguém duvidava. Daí a aceitar interpretar a mesma personagem anos depois e, portanto, sem o mesmo treinamento diário e depois de ter se despido de Deodora não deixava de ser uma tarefa árdua.
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No Rancho Fundo é muito mais que uma novela que devolve personagens de Mar do Sertão, a trama é uma continuação do mesmo universo. Por isso mesmo é que a vilã não poderia voltar do mesmo jeito. Embora com a atriz precisando recuperar a mesma voz, trejeitos e estilo de andar, o tempo havia se passado e não um tempo cotidiano, mas a prisão e os fantasmas da morte do filho.
Desde a primeira aparição de Deodora na história ficou claro que a artista sabia exatamente o que estava fazendo e não levou nem dois segundos para o público perceber tratar-se da mesma pessoa. Aos poucos, os dramas com as lembranças começaram a surgir e o talento de Debora se mostrou fundamental para dar credibilidade a um papel que era ainda mais difícil na segunda vez.
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Na semana que se encerrou, o auge da vilã até aqui apareceu com o encontro da personagem com a mocinha Zefa Leonel (Andrea Beltrão) e, quando ela fala pela primeira vez sobre a morte de Tertulinho (Renato Goes). Foi ali que o público percebeu os horrores de Deodora e como ela vive atormentada e, portanto, não é mais aquela vilã solar e inesquecível que havia marcado os telespectadores.
Isso justifica muito sua impaciência, seus momentos de silêncio e o olhar vazio que Debora emprestou para a personagem, diferente da primeira vez. Se havia um risco voltar para um papel já encerrado, a atriz mostrou que é capaz e que acertou em cheio ao aceitar o desafio.
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