Publicado em 13/11/2024 às 05:27:00,
atualizado em 13/11/2024 às 11:27:50
Uma semana depois de anunciar uma grande mudança em sua grade de programação - talvez a maior dos últimos anos -, o SBT voltou atrás. A partir da próxima segunda-feira (18), o único ajuste previsto envolverá o Chega Mais (9h/11h), que entrará mais cedo, e o Chega Mais Notícias (11h/13h30), ampliado em trinta minutos.
Com a meia-volta, a emissora desistiu de contar com os serviços de Chaves (18h30/19h45) e, consequentemente, de buscar a última chance de fazer A Caverna Encantada (19h45/20h45) emplacar - lançada em 29 de julho, a trama dispõe de apenas 4,1 pontos na Grande São Paulo.
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Na esteira do anúncio que perdeu a validade, o SBT Brasil (20h45/21h45), o Programa do Ratinho (21h45/22h45), a linha de shows - Arena SBT, A Praça é Nossa etc - (22h45/0h) e o The Noite (0h/1h) também teriam seus horários alterados.
Ainda que a nova grade não resolvesse todos os problemas do SBT no momento, ela abria brechas para uma mudança mais significativa na faixa das 21h, atualmente ocupada por produções infantis, ao atrasar o telejornal de César Filho e antecipar a atração de Carlos Massa.
Em outros tempos, o canal da família Abravanel aproveitaria a crise da Globo com Mania de Você para encaixar uma novela turca ou até mesmo uma mexicana, de olho no público feminino adulto - o sucesso de Força de Mulher na Record indica uma tendência.
Ao desistir do prometido, no entanto, o SBT passa a mensagem de que vai tudo muito bem, obrigado. E não vai. Era o momento ideal para uma chacoalhada no horário nobre, valendo-se da fragilidade do plim plim.
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Não faz muito tempo, o SBT apostava em novelas adultas contra o Jornal Nacional e escalava Ratinho para bater de frente com as tramas das 21h da Globo, o que surtia efeito. A Praça é Nossa e outros produtos "premium", por exemplo, entravam na faixa das 22h e não eram relegados às madrugadas, como ocorre atualmente.
Olhar para o que deu certo é o caminho desse novo SBT. Os profissionais que fazem a emissora, mais do que ninguém, deveriam saber identificar o que tem e deixou de ter o DNA da casa - a última edição do Teleton mostrou que "aquele SBT" ainda é possível.
Em relação ao Chaves, apesar das críticas - e são muitas - que existem quanto ao seu aproveitamento em pleno 2024, o único fator determinante nessa história toda é o aval de quem realmente importa, no caso, o telespectador. Deu audiência? Fica. Não deu? Sai. Simples assim.
O que não pode prevalecer, seja em qualquer época, é o bate-cabeça que ficou visível nos últimos dias. Não pega bem para o SBT, via seus canais oficiais, anunciar algo e voltar atrás uma semana depois. O momento, mais do que nunca, pede planejamento e organização.
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