Não inventaremos nada que não está escrito na Bíblia.
Paula RichardPublicado em 15/07/2018 às 08:30:00
Não inventaremos nada que não está escrito na Bíblia.
Paula Richard
Nunca imaginei escrever novelas, menos ainda novelas bíblicas! Meu primeiro trabalho na Record foi na novela “Vidas Opostas”, de Marcílio Moraes. Devo a esse grande autor, que veio a se tornar um amigo, a oportunidade de entrar para o mundo da teledramaturgia.
Há muito preconceito com as novelas bíblicas no Brasil, o que é uma pena, porque os profissionais envolvidos são de alta qualidade e temos atuações dignas de prêmios. Histórias da Bíblia são usadas como referência em seriados modernos, como “The Handmaid's Tale”, a religiosidade ou crenças são abordadas em seriados com “The Vikings”, “Fauda”, Hollywood têm produzido filmes com histórias da Bíblia... É um grande livro, com histórias fantásticas, que tiveram enorme influência na formação de conceitos morais, éticos, de grande parte do mundo.
Tenho muito orgulho das histórias bíblicas que escrevi na Record e imensa gratidão pelo talento empregado por todos que estiveram envolvidos nesses projetos. Creio que estrearemos com quase 50 capítulos escritos.
VEJA TAMBÉM
Você acredita que o público vai descobrir detalhes da vida de Jesus que ainda desconheciam? Pode dar exemplos?
Paula Richard - Eu descobri que não sabia muita coisa da vida de Jesus na terra! Mas, como disse, não inventaremos nada que não está escrito na Bíblia. Ontem mesmo nossa continuísta, Eliete De la Volpe, comentou que já tinha ouvido falar de uma passagem, mas, ao ler o capítulo, achou muito mais emocionante e clara. Imagina quando for ao ar (risos).
Como foi o processo de pesquisas para a "Jesus"?
Paula Richard - Tive pouco tempo para me debruçar na pesquisa. A encomenda me veio antes que entregasse o último capítulo da novela “O Rico e Lázaro”. Iniciei os estudos, mas tive que parar para escrever a minissérie “Lia”, também baseada na Bíblia. Mas tive o apoio e ajuda da pesquisadora Irene Bosisio e dos consultores Mauricio Santos, José Lucio e Marcio Santana. A cada passagem bíblica (ou seja, praticamente todas as vezes em que Jesus aparece em cena) preciso voltar a ler e estudar.
Recentemente, houve uma discussão em torno de mais espaço para atores negros em novelas. Como você avalia esse movimento?
Paula Richard - Sempre tive essa preocupação e procuro buscar personagens que possam ser negros dentro do contexto histórico retratado. A grande maioria dos personagens bíblicos são judeus, romanos, babilônicos, egípcios... Mas procuro colocar alguém de origem Núbia para dar espaço para atores negros. A personagem Susana, que tem seu nome mencionado na crucificação, sem informação alguma de quem era, deu espaço para isso. Como não havia nada, criei uma história para ela. De origem núbia, passa de escrava a gladiadora – algo não comum, mas há relatos de mulheres lutadoras.
Vilã não morreu
Mulheres de Areia: Isaura tem reencontro emocionante com Raquel
Estreou na TV aos 7
Lembra dele? Ex-ator mirim, Matheus Costa virou galã e bomba na web