Rede TV “comemora” oito anos

Endrigo Annyston - MTB 49285/SP
eannyston@yahoo.com.br

Uma coisa triste na vida é somente existir. E a Rede TV! é uma emissora que simplesmente surgiu para ocupar o vácuo deixado pela Manchete. Foi lançada há exatos oito anos como uma grande promessa, e, por certo tempo, até parecia que iria surtir em algo aproveitável.

Tinha um casting respeitável, com nomes como Marília Gabriela, Adriane Galisteu, Fernanda Lima, Valéria Monteiro, Rubens Ewald Filho e cia limitada. E, com qualidade, conquistavam uma audiência satisfatória. O problema foi que quiseram um crescimento maior a curto prazo, e foi aí que a rede se desestruturou.

Chegaram, nos primeiros momentos, a incomodar as grandes redes, entretanto, a festa não durou. Foram descambando para o sensacionalismo barato, e, hoje, mesmo com uma programação mais “amena”, não conseguem nem encostar na Band.

A coisa é tão feia que nem fazem conta de criatividade. Os programas da grade estão lá para ocupar espaço. Atrações como Bom Dia Mulher, A Tarde É Sua e TV Fama parecem ser reembolsados para divulgar a programação da Globo. O SuperPop tem uma variedade de pauta que assusta até uma criança de pré-primário. A semana parece seguir um esquema garota de programa, travesti, entrevista com um famoso quem?, sexo, desfile de lingerie.

O jornalismo é o que costuma salvar a Rede TV de uma catástrofe ainda pior, e, claro, graças à criatividade dos meninos do Pânico, e o fato de ainda não terem se dobrado às propostas de outras redes, também são prestigiados e comentados pela mídia, além de queridos pelo público. E hoje, apesar dos pesares, também há de se destacar a produção de Donas de Casa Desesperadas.

Fora isso, o canal basicamente inexiste. Não é competitivo, nem atraente. E tinha tudo para ser justamente o contrário. “Parabéns!”.

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