Ana Paula Padrão explica cancelamento do MasterChef Júnior na Band: "Custo mais alto"
Apresentadora do programa por 10 anos elencou as dificuldades de se produzir uma temporada com os pequenos
Publicado em 18/07/2025 às 09:35,
atualizado em 18/07/2025 às 10:37
Ana Paula Padrão elencou os motivos para a Band ter produzido apenas duas temporadas do MasterChef Brasil Júnior. A versão com crianças, segundo a apresentadora, esbarrava em várias questões que tornavam o custo mais alto. "Tudo isso tornou difícil", explicou ao RivoNews.
"É difícil lidar com criança em estúdio. Não é fácil porque são crianças, é difícil porque a lei protege as crianças. Primeiro, só pode ser gravado nas férias escolares delas. Já é um super limitador. Segundo, elas só podem ficar ali dentro seis horas por dia com uma pausa grande. E os pais, tem que estar, se desejarem, obviamente, numa sala ao lado, com um telão onde possam ter o visual dos filhos, embora não ouçam porque quebra um monte de sigilo do programa", revelou.
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Mas não parava por aí. "Para entrar, as crianças tinham que ter nota mínima na escola e todas elas eram submetidas a um juiz. Já não era muito simples você encontrar crianças geniais na cozinha. Você selecionava 50 crianças e ele liberava 20, aí voltava para seleção de novo. Tudo isso tornava o custo muito mais alto. A oportunidade de fazer é muito menor."
"Não pode expor criança a nenhuma marca", diz Ana Paula Padrão
A apresentadora que comandou o talent culinário por 10 anos também contou outro fator limitante: as crianças não podiam cozinhar com produtos tendo suas marcas expostas. "Não pode expor criança a nenhuma marca."
Ou seja, não podiam cozinhar ali ao lado de um azeite ou água que patrocinavam o MasterChef. "Não podia fazer nada disso. Só podia estar expostas a marcas em condições muito específicas. É um programa muito difícil de fazer", garantiu.
A Band levou ao ar somente duas levas de episódios com crianças, em 2015 e 2022. Da primeira vez, teve sucesso com uma audiência geral de 5,6 pontos na Grande SP. Já há três anos, anotou apenas 1,8 na capital paulista.
