Roda Viva

Para Boni, novelas vão garantir sobrevivência da TV e fala sobre duração ideal

"Novela não conta uma história, apresenta personagens", afirmou


Boni no Roda Viva
Boni em entrevista ao Roda Viva - Reprodução/TV Cultura

José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, ex-todo poderoso da Globo até a segunda metade da década de 1990, concedeu uma entrevista ao Roda Viva, da TV Cultura, na noite dessa segunda-feira (14) e foi questionado acerca do futuro da telenovela na televisão.

Para Boni, é o gênero que vai garantir um tempo maior à TV aberta. "Eu acho que o tempo ideal pra novela é de seis meses. Novela não conta uma história, apresenta personagens. Quem escreve são as pessoas em casa", analisou.

Segundo ele, as pessoas precisam se familiarizar com o personagem para ser parte de sua família durante os seis meses. "A novela será um dos gêneros que permitirá a sobrevivência da televisão brasileira. É isso que vai manter um pouco da dramaturgia viva na televisão. A novela é o ingrediente que fará o Brasil ter mais tempo de vida na televisão aberta."

Escândalos José Mayer e Marcius Melhem

Boni afirmou a Zeca Camargo, Maria Adelaide Amaral, Joyce Pascowith, Tonico Ferreira e Roberto Muylaert, convidados do Roda Viva, que demitiria José Mayer e Marcius Melhem se encontrasse algo de errado, mas ressaltou: "Tenho pavor de julgamento precipitado. Hoje, com a pressão das redes sociais, com essa questão do absoluto e preocupação e politicamente correto, hoje se pune e se usam essas questões todas para atingir também".

"Não mandaria embora [Mayer e Melhem] porque são pessoas extraordinárias. Agora, trabalhando lá dentro, eu teria detalhes, dados e fatos que pudessem comprovar. É evidente que demitiria [se houvesse provas", continuou.

Ele também enfatizou que um caso de assédio nunca chegou em sua sala. "A gente tem que pensar que há muito folclore", amenizou.

Globo e o Governo

Perguntado sobre a guerra entre Jair Bolsonaro (sem partido) e Globo, Boni disse que a imprensa é o pilar da democracia: "A primeira coisa que temos que considerar é que a guerra não é contra a imprensa, é contra a TV, contra a democracia. Essas pessoas só estão combatendo a televisão e a imprensa porque aí reside o pilar de defesa da democracia".

"Acho uma pena que emissora de alguma forma tenham aceitado esse jogo, porque isso acaba como já vimos há muito tempo, como nosso querido Adolf Hitler, que já foi há muito tempo, graças a Deus", refletiu.

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