É tetra! É tetra!

Há 25 anos, Galvão Bueno entrava para a história com grito que ficou atemporal

No dia 17 de julho de 1994, Brasil vencia a Itália para conquistar o tetracampeonato mundial


Galvão Bueno gritando abraçado a Pelé
Imagem de Galvão Bueno gritando abraçado a Pelé foi transmitido para o mundo todo - Reprodução

A Copa do Mundo de 1994 foi a penúltima que contou com o pool formado pelas principais redes de televisão do país. Globo, SBT e Record transmitiram o evento que consagraria a seleção brasileira como campeã pela quarta vez.

Sem erguer uma Copa desde 1970, a expectativa era grande visto a decepção na de 1990, na Itália, quando o Brasil tropeçou diante da Argentina nas oitavas-de-final.

Galvão Bueno havia voltado à Globo há apenas pouco mais de um ano, depois de passar um período na Rede OM, estação de TV estadual surgida na década de 1980, e estava prestes a eternizar um grito que marcaria toda uma geração, e continua marcando: "É tetra! É tetra!".

No dia 17 de julho de 1994, ou seja, há exatos 25 anos, o Brasil empatou com a Itália no tempo normal e a disputa acabou nos pênaltis. Depois do craque Roberto Baggio errar a última cobrança, Galvão Bueno esgoelou ao lado de Pelé o famoso grito: "É tetra! É tetra! É tetra!".

Há 25 anos, Galvão Bueno entrava para a história com grito que ficou atemporal na Copa do Mundo

"O grito é a coisa mais ridícula do mundo. Aquilo cabia no momento. Aquela coisa mais louca de 24 anos sem conquista em Copas. O Brasil jogando melhor que a Itália e tudo conspirando contra. Quando você põe essas imagens agora eu morro de vergonha", disse Galvão numa entrevista ao "Conversa com Bial" em junho do ano passado.

No documentário "Vozes", produzido pelo Grupo Globo também em 2018, o narrador disse acreditar que "É Tetra" não se trata de um bordão. "Nunca me preocupei em criar bordões. Nunca tive ninguém que criasse um bordão pra mim", revelou ele na ocasião.

"É que o 'é tetra' marcou demais. Para o jogador ir a uma Copa, é demais. Pelo menos deveriam pensar assim. É um momento de glória. Para nós [narradores e profissionais], de quem vive da voz, é o máximo que pode acontecer", orgulhou-se.

Segundo Galvão Bueno, a imagem acabou mais forte que o grito. "Eu era um coadjuvante. Tinha um Pelé. Quando vi, aquela imagem estava no mundo inteiro. Acho que junta tudo, a força da imagem, o momento... E tinha Pelé, né?", lembrou.

"O bacana é que as pessoas não esqueceram. Ficou atemporal. Tetra virou um grito de comemoração", resumiu ele.

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