Luto

Velório de Paulo Henrique Amorim é marcado para quinta-feira no Rio

Jornalista sofreu infarto fulminante na madrugada desta quarta-feira (10)


Paulo Henrique Amorim sorrindo
Divulgação/Record

O velório de Paulo Henrique Amorim foi marcado para acontecer nesta próxima quinta-feira (11), às 10h15, na sede da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), no Centro do Rio. O jornalista faleceu na madrugada desta quarta (10), vítima de infarto fulminante, aos 76 anos.

A cerimônia será aberta ao público e depois, o corpo do apresentador será cremado no Cemitério do Caju.

No final da manhã de hoje, a Record, sua última casa, emitiu nota de pesar sobre a morte.

A emissora, que afastou o apresentador do "Domingo Espetacular" no final de junho, lamentou o falecimento e relembrou sua trajetória, afirmando que ele "deixa um grande legado para a história da imprensa nacional".

Confira na íntegra:

"Um dos mais talentosos jornalistas de sua geração, Paulo Henrique Amorim faleceu na madrugada desta quarta-feira (10/07), aos 76 anos, deixando um grande legado para a história da imprensa nacional.

Uma parte desta história foi escrita na Record TV, onde trabalhou desde 2003 e imprimiu sua marca em quatro programas. A estreia foi na apresentação do “Jornal da Record – 2ª edição”, onde também trouxe o quadro “Conversa Afiada”, que, na época, comentava os assuntos de política e economia. O telejornal mudou de nome e passou a se chamar “Edição de Notícias”. No ano seguinte, foi criador da revista eletrônica vespertina “Tudo a Ver”, que revelou para a televisão as apresentadoras Ana Hickmann e Chris Flores. Participou do primeiro time de apresentadores da Record News no programa “Entrevista Record News – Entretenimento”. De 2006 até este ano, apresentou o “Domingo Espetacular”.

PHA, como era chamado nos bastidores da TV, ficou famoso pelo seu bordão “Boa noite, Boa sorte!”, que admitia ter trazido de um apresentador da televisão americana da CBS chamado Edward Murrow, que dizia as tais palavras. Em entrevista ao portal R7, em 2015, comentou sobre sua paixão pela profissão: “Eu nasci jornalista e vou morrer jornalista. Vou morrer diante das teclas do computador”.

Paulo Henrique deixa esposa, uma filha e dois netos.

A Record TV lamenta profundamente o falecimento de Paulo Henrique Amorim e se solidariza com os amigos, familiares e admiradores. A todos, nossas sinceras condolências".

Afastamento

No dia 24 de junho, a Record anunciou o afastamento de Paulo Henrique Amorim de suas funções no "Domingo Espetacular", onde estava desde 2005.

O motivo da decisão não foi informado. PHA era um ferrenho crítico a Jair Bolsonaro e usava a internet diariamente para detonar o governo. Antes de deixar a apresentação do dominical, apoiadores do presidente encheram as redes sociais com pedido para a direção da emissora o afastar.

Isso acabou acontecendo, mas a Record informou que ele seguia contratado, com vínculo até 2021.

Morte

O jornalista Paulo Henrique Amorim, de 76 anos, morreu nesta quarta-feira (10), no Rio de Janeiro. Ele trabalhou em diversas redações, como da Editora Abril, Globo e Record.

O apresentador estava em sua casa, quando sofreu um infarto fulminante. Quem confirmou a morte foi a sua esposa, Geórgia Pinheiro. Ele deixa uma filha.

Luiz Bacci, Roberto Cabrini, José Luiz Datena, Chris Flores e Patrícia Maldonado se despediram de PHA e relembraram algumas passagens com o colega em depoimentos exclusivos ao NaTelinha.

Paulo Henrique começou sua carreira no jornal A Noite, em 1961. Seu bom desempenho no veículo de comunicação o levou para trabalhar em Nova York, Estados Unidos, como correspondente internacional da revista Realidade e, tempos depois, na editora Abril, mais precisamente na revista Veja.

Sua trajetória na televisão iniciou na TV Manchete, também como correspondente internacional. A desenvoltura do jornalista logo chamou a atenção dos diretores da Globo e ele se transferiu para a emissora da família Marinho, tornando-se um dos principais nomes do jornalismo brasileiro.

Na década de 1990, decidiu deixar a Globo e foi para a Band, sendo o âncora do “Jornal da Band”. Sua passagem terminou e ele migrou para a TV Cultura. Contudo, foi em 2003 que Paulo Henrique Amorim vestiu uma nova camisa e se tornou a cara do jornalismo de uma emissora: a Record.

Seu primeiro trabalho na nova casa foi o “Jornal da Record”. Logo em seguida, fez parte da equipe que cria a revista eletrônica “Tudo a Ver”, apresentando entre 2004 e 2006, na faixa vespertina.

Em fevereiro de 2006, foi deslocado pela direção da emissora do bispo Edir Macedo para comandar o “Domingo Espetacular”. Com 14 anos no vídeo da revista eletrônica, o jornalista ganhou popularidade pelo seu tom sério e, ao mesmo tempo, provocativo, principalmente no seu blog “Conversa Afiada”.

Lá, o apresentador fazia comentários duros contra a Globo e, nos últimos tempos, seu alvo se tornou o presidente Jair Bolsonaro.

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