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No Conselho Artístico da Cultura, Boni decreta: “TV pública não tem que existir”

Ex-diretor da Globo falou da sua experiência e como enxerga o futuro da televisão


Boni no programa "Mariana Godoy Entrevista"
Boni participou do programa "Mariana Godoy Entrevistas" - Foto: Reprodução/RedeTV!

O presidente do Conselho Artístico da TV Cultura, o Boni, demonstrou concordância com Jair Bolsonaro em relação ao uso de dinheiro público para financiar emissora estatal. A fala foi feita nesta sexta-feira (21) pelo empresário e diretor de televisão no programa “Mariana Godoy Entrevista”, na RedeTV!.

“Neste ponto, eu concordo totalmente com o Bolsonaro: Não precisa ter TV pública”, polemizou após ser questionado como um canal estatal deve se financiar e qual o nível de independência que esse tipo de empresa deve ter sobre o Poder Executivo Estadual e Federal.

Contudo, ele acredita que a TV Cultura precisa continuar sendo financiada, pois conseguiu ser um sucesso. “A TV Cultura é uma coisa diferente. Ela é uma empresa de tamanho sucesso, que ela merece continuar”, declarou. “Ela cumpriu tão bem o seu papel, que ela merece continuar existindo”, ressaltou.

O ex-diretor da Globo está contente com a chegada da CNN Brasil, pois dará maior pluralidade a informação. “A CNN precisa estimular a questão do jornalismo, porque a Globo faz um belo jornalismo, mas é preciso uma pluralidade. Então é bem-vinda a chegada da CNN”, declarou.

Boni é um dos profissionais mais dedicados e ele próprio reconhece esse seu vício pelo trabalho. No período que cuidava da programação da emissora líder de audiência, o empresário explicou que ficava horas lendo roteiros dos programas que iam ao ar “Lia os scripts de TV como se fossem gibis”.

Por ter sido um dos responsáveis pelo crescimento da Globo, ele enxerga o streaming como uma grande potência, mas não a substituta da TV aberta. Para que os canais continuem com relevância, precisam investir na programação ao vivo, enquanto as plataformas digitais devem procurar produções enlatadas. “O streaming substitui a locadora de vídeo, não a TV”, disse. “As pessoas que fazem TV precisam entender o tamanho dela”, acrescentou.

Outro ponto importante do diretor é o fato dele ter dito o motivo da decisão de transformar a Globo na principal emissora do país, criando um monopólio nos anos de 1980 e 1990. “Nosso mercado não conseguiria sustentar três emissoras de qualidade. Era preciso que uma fosse de qualidade para que a TV fosse de qualidade hoje. Por isso foi benéfico o monopólio da Globo”, falou.

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