Liga da Justiça brasileira estreia na TV Escola lutando contra o desmatamento da Amazônia
Publicado em 22/11/2018 às 10:01
Nove super heróis lutam contra o desmatamento da Floresta Amazônica e a ambição dos homens da região. Esse é o principal mote da Liga da Justiça 100% brasileira, "Amazon - Guerreiros da Amazônia". O seriado é produzido pela produtora RJR Produções e desde o dia 7 novembro é exibida pela TV Escola.
Na primeira temporada, o desenho animado destinado para o público de 7 a 10 anos terá dez episódios com cerca de três minutos de duração cada um.
"É uma felicidade. A gente tá trabalhando nesse projeto há 20 anos", comemora Ronaldo Barcelos, idealizador do projeto e sócio da produtora, em entrevista ao NaTelinha.
Exibida todas as quartas na TV Escola, às 10h, com reapresentação às 15h, "Amazon - Guerreiros da Amazônia" possui nove personagens, são eles: o Boto, a Arara, a Onça, a Ariranha, o Peixe-boi, a Sucuri, o Falcão, o Jacaré e a Harpia. Eles adquiriram seus poderes especiais dos Amazon, povo lendário secreto composto por descendentes de tribos da região que se reuniram para defender a floresta.
Cada herói da série de animação criada por Ronaldo Barcelos, através de pesquisas e colaboração de ambientalistas, possuem características próprias, como por exemplo o Guerreiro Jacaré, que tem a capacidade de se camuflar, e a heroína Sucuri, com sua super força de comprimir os vilões.
Sobre as dificuldades de produzir desenho animado no Brasil, Barcelos garante: "é quase impossível", e completa: "a gente tem uma dificuldade enorme de apoio e de verba de patrocínio. O mercado ainda é muito pequeno. Tá desenvolvendo, mas ainda é muito difícil. Tanto que é que a gente tá batalhando há muitos anos pra conseguir. Eu acho que os 'Guerreiros' têm uma pegada educacional muito forte. A gente trabalha na linha de divertir e educar. Primeiro focando na diversão, mas levando a educação junto. Essa pegada de educação fez a gente se aproximar do MEC, do Ministério da Educação e da TV Escola, que tá resultando nessa série. Mas tem o outro lado que ajudou muito que é o social".
Desde 2002, com o apoio de ONGs, Ronaldo Barcelos já distribuiu mais de 10 mil livros nas regiões da Amazônia e para 500 escolas carentes no Brasil. Antes de se tornarem personagens na TV, os "Guerreiros da Amazônia" possuem uma trilogia em HQ, que podem ser baixadas gratuitamente no site do projeto: "O Templo da Luz", "As Amaduras Sagradas" e "A Flor do Sol".
Barcelos conta que a ideia para criar os "Guerreiros da Amazônia" surgiu pela relevância do assunto depois do Rio de Janeiro sediar a "Eco 92" e após o assassinato de Chico Mendes.
"Esses assuntos começaram a ficar em evidência. A gente despertou que faltava algo que pudesse falar com as crianças sobre o meio ambiente e Amazônia. Algo que pudesse falar com os ambientalistas. Tinha e ainda tem muitas informações para os adultos, faltava algo pra falar com as crianças", explicou, revelando que os próximos passos são "renovar a segunda temporada do seriado para a TV Escola e levar o projeto aos cinemas brasileiros".