Tieta existiu na vida real? Conheça a mulher que inspirou Jorge Amado
Vida de uma cafetina no interior de São Paulo teria servido de base ao livro que deu origem à novela da Globo
Publicado em 04/12/2024 às 06:54,
atualizado em 04/12/2024 às 14:51
A novela Tieta voltou ao ar no Vale a Pena Ver de Novo. A personagem principal, vivida por Betty Faria, nasceu no livro Tieta do Agreste, de Jorge Amado (1912-2001), que serviu de base para a trama da Globo. A inspiração do escritor, aliás, veio da vida real.
Na história, Tieta é expulsa da fictícia Santana do Agreste por seu comportamento sexual. Ela retorna anos depois, rica e disposta a se vingar. Na reta final, descobre-se que a protagonista fez sua fortuna como prostituta e, depois, como cafetina em São Paulo.
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Uma reportagem da Folha de S.Paulo, de setembro de 1994, afirmou que a história surgiu em uma viagem feita em 1974 por Jorge Amado para visitar um primo na cidade de Assis, no interior de São Paulo. Foi lá que ele conheceu a mulher que inspirou Tieta.
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Na época, o escritor baiano teria estado na casa de Antonieta, uma famosa cafetina daquela região. O livro Tieta do Agreste foi lançado em 1977, mesmo ano em que a tal mulher morreu. A novela, por sua vez, foi ao ar na Globo entre 1989 e 1990.
Ainda segundo fontes da reportagem de 1994, Antonieta era uma mulher boa e não explorava as prostitutas. Os lucros vinham do bar e do aluguel dos quartos para os fregueses, e o que as prostitutas cobrassem pelo trabalho era delas.
O apelido “Mãezinha” veio de outra cafetina da região
Uma moradora da cidade, que trabalhou como cozinheira no bordel, afirmou que Antonieta foi para a cidade para ser empregada doméstica, mas acabou virando prostituta. Ela teria trabalhado na casa de Antônia de Assis, cafetina que depois virou sua concorrente.
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Antônia, aliás, era chamada na região pelo apelido Mãezinha, o mesmo que Leonora (Lídia Brondi) usa para se referir a Tieta na novela. Na trama, a jovem finge ser enteada da protagonista, filha do homem milionário com quem ela supostamente foi casada.
Exibida há 35 anos, a novela foi escrita por Aguinaldo Silva, Ana Maria Moretzsohn e Ricardo Linhares. A direção geral era de Paulo Ubiratan (1947-1998).
Assista à chamada da reprise no Vale a Pena Ver de Novo:
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