Chocolate com Pimenta é classificada como imprópria para as tardes da Globo
Despacho do Governo Federal determinou mudança na classificação indicativa da novela
Publicado em 19/04/2023 às 13:25,
atualizado em 19/04/2023 às 13:30
O Governo Federal determinou a mudança da classificação indicativa de Chocolate com Pimenta, em reprise nas tardes da Globo. Até então veiculada pela emissora como “livre para todos os públicos”, a novela agora é considerada imprópria para menores de 12 anos, com recomendação para que só seja exibida na TV aberta após as 20h.
O despacho, publicado no Diário Oficial da União (DOU) nesta quarta-feira (19), determina que a classificação indicativa atribuída à novela seja alterada para “não recomendado para menores de 12 anos”. A justificativa é de que os capítulos contêm cenas de “violência, consumo de drogas lícitas e linguagem imprópria”.
Também foram identificados, no conteúdo analisado de Chocolate com Pimenta: ato violento, exposição de pessoa em situação constrangedora ou degradante, nudez velada; fatores recorrentes que levam à classificação de 12 anos. Há ainda estigma ou preconceito e morte intencional, que poderiam levar à mudança para 14 anos.
“Recomenda-se a exibição da obra a partir das 20 horas quando exibida em TV aberta”, diz o texto da Coordenação de Política de Classificação Indicativa, vinculada à Secretaria Nacional de Justiça e ao Ministério da Justiça e Segurança Pública. Trata-se de uma recomendação, que não impede a Globo de continuar exibindo a novela à tarde.
A revisão foi feita em razão do tempo já decorrido da primeira avaliação. A decisão é válida para a obra completa e para a exibição tanto na Globo quanto no Globoplay. A empresa tem até cinco dias corridos para utilizar a nova classificação etária, com os devidos descritores de conteúdo.
Fato semelhante aconteceu, em março, com O Rei do Gado, atual cartaz do Vale a Pena Ver de Novo. Antes recomendada para maiores de 10 anos, a trama rural passou a ser considerada imprópria para menores de 14. Denúncia de um telespectador levou à mudança, por conta de “cenas de conteúdo sexual” e “teor violento”.