Em Malhação, Globo defende: "Melhor uma imprensa livre, que erra, do que não ter uma"
Novela irá comentar caso de incêndio na Amazônia
Publicado em 17/12/2019 às 05:25
A Globo vai usar Malhação para defender o direito da imprensa ser livre numa democracia, além também de criticar a prisão preventiva de forma arbitrária. Os temas serão abordados em conversa entre Beto (John Buckley) e Filipe (Pedro Novaes), dois estudantes universitários.
Em cenas previstas para irem ao ar na próxima sexta-feira (20), os amigos estarão conversando durante um intervalo da aula, quando Beto começará a comentar sobre o caso dos brigadistas que foram presos e acusados de terem colocado fogo na floresta, caso que gerou grande repercussão da mídia.
"Você viu que a polícia prendeu 04 brigadistas que estavam combatendo os incêndios la no Pará?", comentará o ex namorado de Meg (Giulia Bertolli) enquanto lê uma notícia em seu aparelho. Filipe se interessará pelo assunto e irá querer saber o que aconteceu.
É neste ponto que Beto passará a ler a notícia. "Segundo a polícia eles estavam tacando fogo na mata pra conseguir arrecadar dinheiro de ONG protetoras", começará o estudante acessando uma notícia digital sobre o tema, enquanto o bate papo dos amigos continua.
É neste ponto que Filipe, estudante de Direito, tentará ponderar sobre o assunto que acabou de ouvir. "Tem feito várias acusações hoje em dia, tem que ver o que tem de real. Não pode sair prendendo a toa", dirá ele para ouvir Beto continuar a leitura que mostrará perplexidade dos brigadistas com a suposta acusação.
Beto defende direitos em Malhação
A partir daí, o filho de Lígia (Paloma Duarte) sairá em defesa de cuidado antes da prisão preventiva. "A prisão preventiva não pode ser motivada por razões abstratas. A presunção de culpa não é suficiente", afirmará ele que ainda lembrará aulas jurídicas sobre o tema.
E Filipe irá além. Ele também responsabilizará a imprensa por conta de prisões arbitrárias. "A mídia tem sua parcela de culpa, ne? Porque o juiz não quer ser taxado pela imprensa por ser conivente", cravará ele antes, contudo, de defender o direito ao jornalismo. "Mas também é muito melhor uma imprensa livre, que erra. Do que não ter uma imprensa livre", encerrará.