Há 35 anos, primeira novela das oito de Cassiano Gabus Mendes, “Champanhe”, chegava ao fim
Autor era considerado o rei das 19h
Publicado em 04/05/2019 às 13:45
Um dos grandes novelistas que consagrou o horário das sete, Cassiano Gabus Mendes estreou no horário nobre em 1983. A novela “Champanhe” marcou a primeira trama do autor no principal horário de novelas da Globo e o folhetim chegava ao fim em um 04 de maio, mas em 1984.
A trama foi encomendada pela Globo a Cassiano graças aos sérios problemas de saúde de Janete Clair. É que a autora estava escalada para assumir o horário, mas por conta de sua doença, a emissora entendeu que era um risco colocá-la no principal horário da casa.
Janete foi deslocada para o extinto horário das dez (que atualmente voltou como horário das onze) e Cassiano Gabus Mendes foi escalado para assumir. Considerado um dos mais importantes nomes no horário das sete, antes ele havia escrito obras como “Marrom Glacê” (1979) e “Plumas e Paetês” (1980).
Em “Champanhe”, o novelista mudou seu estilo farsesco e apresentou uma espécie de thriller policial que acompanha um “quem matou” diferente. É que um assassinato é cometido logo no primeiro capítulo da novela e, treze anos depois, o homem condenado pelo crime tenta provar sua inocência.
Gastão (Sebastião Vasconcellos) quer provar que não matou Zaíra (Suzane Carvalho) e é ajudado pelo filho da morta, o jovem Nil (Tony Ramos). A volta de Gastão vai movimentar todas as pessoas que estavam presentes na festa em que Zaíra foi assassinada no início dos anos 70.
“Champanhe” marcou a volta de Marieta Severo para as telenovelas. É que a atriz estava fora da emissora de 1967, quando havia trabalhado na trama “O Homem Proibido”. A novela também deu a oportunidade de Beatriz Segall viver uma de suas únicas personagens pobres.
Depois dessa produção, Cassiano retornou ao horário das 19h e acabou escrevendo mais três obras de sucesso. “Tititi” (1985), “Brega e Chique” (1987) e “Que Rei Sou Eu?” (1989). Ele voltaria ao horário das oito em 1990 para escrever “Meu Bem Meu Mal”.