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"Tieta", "Pantanal" e outras seis novelas que contaram com nudez em suas aberturas

Exposição ao corpo nu é um tema em evidência nas últimas semanas


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Reprodução

Nas duas últimas semanas, a exposição ao corpo nu, a questão do que é ou não arte e a censura, nunca estiveram tão presentes nas conversas, em especial, e bem calorosas, nas redes sociais.

Pegando carona no assunto um tanto quanto polêmico, mas sem tomar partido de quem está certo neste caso, destacamos oito aberturas de novelas que pecaram, ou não, ao expor a beleza do corpo feminino, e masculino, em rede nacional.

Confira!

Pecado Rasgado (1978)

Escrita por Silvio de Abreu e dirigida por Régis Cardoso, “Pecado Rasgado” focava no ciúme doentio de Stela (Renée de Vielmond) pelo cunhado, Renato (Juca de Oliveira), quando ele, que é viúvo, se envolve com Teca (Aracy Balabanian), psicóloga da sua filha, Cris (Nádia Lippi). A abertura em forma de charge traz uma mensagem subliminar sobre o pecado e relações amorosas.

Louco Amor (1983)

A trama assinada por Gilberto Braga se passava na década de 70, no Rio de Janeiro. Patrícia (Bruna Lombardi), filha do primeiro casamento do embaixador André Dumond (Mauro Mendonça), e Luiz Carlos (Fábio Jr), filho de Isolda (Nicette Bruno), são apaixonados desde criança. Quando a madrasta da jovem, Renata Dumond (Thereza Rachel), descobre o relacionamento faz de tudo para impedir o romance entre a menina rica e o rapaz pobre. A abertura mostra um casal trocando carícias na cama.

Brega & Chique (1987)

Cassiano Gabus Mendes nos apresentou a história de duas mulheres distintas, cujas vidas se cruzavam por causa de um ponto em comum: o marido Herbert Alvaray (Jorge Dória). O empresário bígamo mantinha duas famílias, uma com a ricaça Rafaela Alvaray (Marília Pera) e outra com a simplória Rosemere da Silva (Glória Menezes). Para fugir da falência, ele simula a própria morte. Porém, deixa uma boa quantia em dinheiro para a dona de casa, enquanto que a ex-ricaça fica na miséria. As duas irão se encontrar quando Rafaela é obrigada a se mudar para uma casa menor, na periferia de São Paulo, e se torna vizinha de Rosemere. Além de engraçada, a novela trouxe para o horário das 19h, da TV Globo, uma das aberturas de maior impacto, já que contava com um homem com o “bumbum de fora” em plenos anos 80. 

Tieta (1989)

Atual atração do canal Viva, a novela foi uma adaptação do romance “Tieta do Agreste”, de Jorge Amado. Escrita por Aguinaldo Silva, contava a história de Tieta (Betty Faria), que foi expulsa ainda jovem de Santana do Agreste, interior da Bahia, pelo pai Zé Estevez (Sebastião Vasconcellos), que não concordava com seu jeito “avançadinho”. Depois de algum tempo calada, Tieta começa a se comunicar com a família. Até então, o que se sabe é que ela enriqueceu através de um bom casamento. Por conta disso, dá uma ajuda de custo mensal para os parentes. Quando do dinheiro para de chegar, todos pensam que ela morreu. Porém, são surpreendidos com sua chegada. Tieta retorna ao agreste 25 anos depois com desejo de vingança, mas desiste quando se apaixona pelo sobrinho, Ricardo (Cássio Gabus Mendes), e percebe ter mais amor por aquela cidade do que imagina. A abertura mostra elementos naturais que vão se transformando no corpo desnudo de uma mulher.

Pantanal (1990)

\"Tieta\", \"Pantanal\" e outras seis novelas que contaram com nudez em suas aberturas

Foi um dos grandes sucessos da extinta TV Manchete. Assinada por Benedito Ruy Barbosa e dirigida por Jayme Monjardim, a novela tem início quando Joventino Leôncio (Cláudio Marzo) se perde no Pantanal durante uma caçada, deixando os negócios da família nas mãos do filho, José Leôncio (Cláudio Marzo). O fazendeiro enriquece e durante uma de suas viagens ao Rio de Janeiro se envolve com Madeleine (Ítala Nandi), com quem se casa e tem um filho, Jove (Marcos Winter). A moça da cidade grande não se adapta à vida no interior e o abandona, levando a criança. Aos 20 anos, o rapaz decide conhecer José Leôncio, mas percebe que os dois não têm nada em comum. No entanto, ele se apaixona por Juma (Cristiana Oliveira), uma moça selvagem e que todos dizem se transformar em onça, e decide levá-la com ele para o Rio. Porém, ela se assusta com a vida urbana e retorna ao Pantanal. Apaixonado, Jove decide ir atrás do seu grande amor. A abertura mostrava essa transição entre a forma de onça e de mulher que a trama sugeria.

 

Pedra Sobre Pedra (1992)

A trama de Aguinaldo Silva se passa na fictícia cidade de Resplendor, na Chapada Diamantina, e foca na rivalidade entre duas famílias poderosas do sertão da Bahia. De um lado, Murilo Pontes (Nelson Baskerville/ Lima Duarte). Do outro, Jerônimo Batista (Felipe Camargo). Ambos disputam o amor de Pillar (Cláudia Scher/Renata Sorrah). A moça é noiva de Murilo, mas o abandona no altar porque acredita que o jovem engravidou sua melhor amiga. Então, ela se casa com Jerônimo e tem uma filha, Marina (Adriana Estevez). Por sua vez, Murilo se casa com Hilda (Andrea Murucci/Eva Vilma) e tem um filho, Leonardo (Maurício Mattar). Os anos se passam e a rivalidade entre as duas famílias nunca cessou. 25 anos depois, o sonho de Pillar é transformar Marina em Prefeita de Resplendor, enquanto que Murilo nutre o mesmo desejo por Leonardo. Eles só não podiam imaginar que a história de amor dos dois se repetiria na pele dos filhos. Na abertura, o corpo desnudo de uma mulher se transforma todo o tempo nas curvas de elementos da natureza.

 

Mulheres de Areia (1993)

Remake escrito por Ivani Ribeiro – a novela original foi escrita pela mesma autora em 1973 - contava a história das gêmeas Ruth e Raquel (Glória Pires) que, apesar de idênticas fisicamente, tinham gostos e caráter diferenciados. Enquanto Ruth era doce e ingênua, Raquel era má e muito ambiciosa, capaz de fazer qualquer coisa para se dar bem. Indignada com a vida humilde que leva na casa dos pais, um pescador e uma dona de casa, ela vê a chance de enriquecer quando descobre que a irmã se envolveu com Marcos (Guilherme Fontes), filho do poderoso Virgílio Assunção (Raul Cortez). Como não aceita o romance do rapaz com uma simples professora, o empresário oferece dinheiro para Raquel separar Ruth do filho. Ele só não imaginava que ela se aproveitaria da situação para roubar o namorado da irmã e se casar com ele. A abertura mostrava uma mulher nua se banhando na água ou envolta na areia, como junção as esculturas que dá nome à novela.

Suave Veneno (1999)

A trama de Aguinaldo Silva trazia a trajetória de Waldomiro (José Wilker), um pernambucano honesto e íntegro que enriqueceu com muito trabalho e gosta de ostentar sua riqueza, um verdadeiro império no ramo de mármore. Com a ex-esposa Eleonor (Irene Ravache) teve três filhas: Maria Regina (Letícia Spiller), Márcia Eduarda (Luana Piovani) e Maria Antônia (Vanessa Lóes). Ele ainda é pai da jovem Clarice Ribeiro (Patrícia França), sua filha bastarda. No decorrer da trama, Waldomiro se envolve com Maria Inês (Glória Pires), cujo verdadeiro nome é Lavínia, mas é traído por ela, que queria lhe aplicar um golpe. No entanto, a grande vilã da história é a filha mais vela do empresário, que por se achar mais preparada que o pai sonha em tomar os negócios da família. Para isso, ela não só desfalca a empresa como, também, forja uma acusação de assédio sexual contra o próprio marido, Álvaro Figueira (Kadu Molieterno) para se separar dele. Além disso, manipula o ex-presidiário Adelmo (Ângelo Antônio), irmão de Maria Inês/Lavínia, por quem acaba se apaixonando. Conforme a história vai se construindo é possível perceber o quanto Letícia é insana. A abertura mostra um líquido percorrendo pedras de mármore até surgir uma mulher nua como se estivesse se banhando.

 

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