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Ator de Chiquititas entrega perrengues na Argentina quando gravava a novela

XÁ, que antes assinava como Xico Abreu, deu viva ao personagem Tatu na trama teen do SBT


Chiquititas
XÁ e Liv Izar lideram o grupo Manaká - Foto: Divulgação
Por João Paulo Dell Santo

Publicado em 12/10/2024 às 16:25,
atualizado em 12/10/2024 às 18:35

Um dos nomes da primeira versão de Chiquititas na pele de Tatu, Xico Abreu, que passou a usar o nome artístico XÁ, segue produzindo e com vários projetos. Ao lado da esposa, a atriz Liv Izar, a dupla lidera o projeto Manaká, está lançando um filme e participa da trilha sonora de um documentário. 

Os artistas desembarcam em Florianópolis para lançar Sim, Viver é um Presente, dirigido por Luís Antônio Igreja e trilha sonora da produção Antigas Brincadeiras, de Cristian de Ciancio. O musical integra a 23ª Mostra de Cinema Infantil de Florianópolis, que ocorre na terça-feira (15). Além dessa obra, o Manaká também é responsável pela trilha sonora do documentário Antigas Brincadeiras, exibido dois dias antes, no domingo (13).

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Sim, Viver é um Presente retrata a vida real e lúdica do menino Davi, de 8 anos. Ele acorda para uma aventura única e especial quando o sol se levanta e desperta os passarinhos. A partir desse acontecimento, o garoto vive um dia mágico, em presença plena. É que Davi desfruta de um bom quintal, uma família amorosa e liberdade para brincar. 

Atualmente, o Manaká está no ar com as canções que compõem a trilha sonora do programa O Plano Mágico da Ju, da TV Cultura. Além das músicas originais no seriado O Menino Mais Rico do Mundo, disponível na Nickelodeon e na Paramount+.

O encontro de e Liv se deu durante um espetáculo em 2006, em São Paulo. Hoje, os atores compõem uma família formada através da arte. Foi a partir do nascimento do primogênito, Davi (14), que o casal começou a produzir músicas para a infância e formaram o Manaká.

XÁ fala sobre projetos e relembra perrengue durante Chiquititas 

Ator de Chiquititas entrega perrengues na Argentina quando gravava a novela

Em entrevista ao NaTelinha, XÁ fala sobre os projetos ao lado de Liv Izar, detalha as novidades e as parcerias com o grupo Manaká e ainda relembra um perrengue da época de Chiquititas, quando a trama teen do SBT foi gravada na Argentina.

Confira:

NT - O seu trabalho com o Manaká é voltado para o público infantil, assim como Chiquititas também era. De que forma sua atuação na novela o ajudou a desenvolver o projeto com o Manaká?

XÁ - É como uma coisa só! É um trabalho contínuo pela infância. Agora, conscientemente. Chiquititas me fez atuar, dançar, cantar, ler muitos e muitos roteiros, compreender a dinâmica de set e a fluidez de uma grande produção, conviver com atores gigantes... Tudo isso espelha os trabalhos que eu faço hoje. Me tornei um artista multilinguagem. Estou com uma série infantil que escrevi, em cartaz na Nick, estreando com o Manaká um filme musical para crianças no cinema, lançado um livro e uma websérie sobre infância para adultos... Há algo de potência, transcendência e mistério em cada um de nós, facilmente ativado quando acionamos a infância como um estado. Aprendi isso pequeno e hoje sei que tudo é possível!

NT - Tem alguma característica específica do Tatu que te ajuda na hora de atuar no palco, principalmente quando tem algum momento de interatividade com a plateia?

XÁ - O brincar! Eu fazia o Tatu com a seriedade de quem ama atuar, brincar de ser outro. E o Tatu era vários! Ele se metamorfoseava e eu sigo assim. Eu sou um Bobo profissional, eu amo tocar as pessoas pela emoção e pela graça. Quando eu entro em cena, sempre nesse estado do brincar, eu me torno um aliado da vulnerabilidade e percorro lugares alucinantes junto com o público! É mesmo um espetáculo. Acabamos de fazer o circuito Sesc com o Manaká e, meu Deus, o olhar brilhante das crianças direcionados a mim, são como cristais de poder, que o Tatu já gerava em quem assistia.

NT - De uma forma geral, quais os aprendizados que você teve ao gravar Chiquititas que você leva até hoje?

XÁ - Aprendi sobre o sucesso. Sabe o que todo mundo quer quanto corre atrás do sucesso? Então, não é o sucesso. O sucesso está entre as coisas. É bem sucedido aquele que ama e se dá liberdade criativa. A novela me ensinou muito sobre valores. Hoje, em qualquer um dos trabalhos que eu faça, o que eu garanto é que todos são realizados com inteireza, amor, liberdade, transmissão de valores e a intenção de elevar quem assiste. Tudo sucesso!

NT - Com quem você mantém um círculo de amizade nos dias atuais?

XÁ - Varias... São todos "parentes"! rsrs. Mas a Flávia Monteiro é brother! Vivian, Aretha, Elisa... puts, não rola de nomear porque vão vindo as imagens de cada rosto na minha mente e eu tenho um carinho enorme por cada um. Mesmo. O maior dos maiores presentes que a novela me deu, foi as pessoas que ela me apresentou. Hoje eu vejo e fico tocado... uns me impactam pelo amor, outros pela admiração, outros pela humanidade, outros pelo rumo que deram na vida. E eu sou um chiquitito! Para mim a vida é pura magia!

NT - Você é mineiro de BH e teve que se mudar pra Buenos Aires, local onde a novela era gravada. Como foi essa mudança cultural para você que era um adolescente à época?

XÁ - Boa demais!!! Era tudo o que eu queria: expandir. BH nunca saiu de mim! Mas como o próprio nome diz, é um Belo Horizonte! E fui me aventurar em ares bons! Morei na Av. Liberdade com a Santa Fé! Reparam a força das palavras que me cercaram nesse momento? Tá toda aí a resposta.

NT - Chegou a passar alguns perrengues por causa do idioma?

XÁ - Cara, isso é um teste de memória, né?! Me lembro que passei por situações divertidas, principalmente com a minha mãe. Para ela o espanhol era uma mistura de dialeto do Cebolinha com guarani e italiano. Dois anos depois de morarmos lá, um produtor veio me perguntar de onde ela era, por conta do sotaque totalmente diferente. Ela falava uma língua própria e, pasme, conversava até com japoneses! Hahahahahah te amo, mãe!

NT - Imagino que a interação com muita gente da mesma idade deve render grandes lembranças até hoje. Do que tem mais saudades?

XÁ - Tenho saudade da cidade, de gravar com a liberdade e a intimidade que só o tempo de convivência dá pra gente, de receber um bom cachê de forma contínua com as despesas pagas e em dólar! Ahhhh que saudade! E também das pessoas! Em especial a uma amiga que sempre vem no meu coração com muita força: a Carmela, que era a coreógrafa da novela. Nossa, essa doeu...

NT - E teve alguma situação engraçada de bastidores que até hoje ninguém sabe ou pouca gente conhece?

XÁ - Teve! Mas eu é que não vou contar! Só pra quem for assistir a um dos nossos shows! Aí, ao vivo, eu conto! Kkkk.

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