Polêmica

Atriz de “True Lies” denuncia assédio nos bastidores do filme lançado em 1994


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Divulgação

O ano mudou, mas as denúncias contra assédio nos bastidores de Hollywood continuam. Desta vez, Eliza Dushku foi quem revelou ter sofrido abuso sexual. O caso ocorreu em 1994, quando a atriz filmava “True Lies”.

Dirigido por James Cameron, o filme contava, ainda, com Jamie Lee Curtis e Arnold Schwarzenegger no elenco. Na época, Dushku estava com 12 anos e interpretava a filha do casal de protagonistas.

A atriz, hoje com 37 anos, usou seu perfil nas redes sociais para acusar Joel Kramer, um dos principais coordenadores de dublês de Hollywood, de tê-la molestado sexualmente quando ainda era uma menina.

Na ocasião, ele teria dito aos seus pais que a levaria para jantar com parte dos dublês e, em seguida, para tomar banho de piscina. No entanto, ela foi parar em seu quarto de hotel.

Na época, Dushku chegou a contar aos pais e irmãos o que havia acontecido com ela, mas ninguém estava preparado para enfrentar uma situação como esta, de acordo com a atriz. O relato é bem forte!

“Eu lembro vivamente como ele diminuiu as luzes, como ele abaixou o ar condicionado em temperaturas congelantes, como ele me colocou em uma das duas camas do quarto e do filme que estava passando na TV, como ele desapareceu no banheiro e saiu apenas com uma toalha de mão na cintura. Eu lembro o que eu estava vestindo e como ele me deitou na cama, me segurou com seu corpo imenso e se esfregou em mim. Ele me disse: ‘Você não vai dormir, querida, pare de fingir que está dormindo’. Quando ele acabou ele disse que achava que deveríamos tomar cuidado, em relação a contar para outras pessoas. Eu tinha 12 e ele 36”, postou.

James Cameron sai em defesa da atriz

Atriz de “True Lies” denuncia assédio nos bastidores do filme lançado em 1994

Assim que ficou sabendo da denúncia, James Cameron elogiou o posicionamento de Eliza Dushku e se mostrou solidário a todas as atrizes que decidiram falar sobre os abusos sofridos durante tantos anos.

Em depoimento à imprensa, o diretor disse que, assim como a Eliza, todas as mulheres que sofreram abuso e estão tornando públicas suas histórias são corajosas e merecem justiça.

“Isso é uma endemia em todos os sistemas humanos, não apenas Hollywood. Como Hollywood tem mulheres que foram vítimas há 10, 15 ou 20 anos e que hoje são famosas, suas vozes ecoam mais forte quando elas se expõem. Parabéns para elas e fico feliz que a Eliza tenha feito isso”, disse.

Quem também se manifestou foi Jamie Lee Curtis, colega de elenco da vítima. A atriz, intérprete da mãe da personagem vivida por Dushkun no filme, revelou ter ficado sabendo desta história há alguns anos.

“Fiquei chocada e triste na época e estou até hoje. A história dela serve de alerta para a nossa negação de uma realidade ainda mais horrível, o abuso de crianças”, afirmou.

Em entrevista ao “The Wrap”, Joel Kramer nega as acusações. “Eu nunca a abusei sexualmente. Nós tomávamos conta dela, isso é uma surpresa. Estou chocado. São mentiras!”, se defendeu.

“Eu estou com raiva e machucado. Isso veio do nada e teremos apenas a minha versão contra a versão dela. A minha carreira chegou ao fim. Ela me arruinou”, concluiu Kramer em depoimento à revista “People”.

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