Direto da Telinha

Relembre outros cenários do "Jornal Nacional" ao longo de mais de 45 anos


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Foto/montagem: NaTelinha

* Fotos/Acervo Globo

Na última segunda-feira (19), o “Jornal Nacional” estreou novo cenário. O ambiente, extremamente tecnológico e cheio de recursos gráficos de encher os olhos, foi bem recebido, apesar de não oferecer nenhuma grande mudança editorial.

A coluna aproveita o momento para relembrar a evolução dos cenários daquele que é o telejornal mais assistido do país, desde sua criação, em 1969 (foto/abaixo).

Relembre outros cenários do \"Jornal Nacional\" ao longo de mais de 45 anos

Durante os primeiros dez anos, o "JN" não tinha grandes recursos cenográficos. Um modelo seguido praticamente por todas as emissoras naqueles tempos. O primeiro cenário de todos era apenas um fundo branco com várias marcas do noticiário e da emissora, além de uma mesa para o locutor. Depois, veio o clássico fundo azul, que era o estúdio de praticamente todos os jornais nos anos 70, a diferença se dava apenas pelo logotipo inserido na parte superior esquerda.

E assim foi até 1979, quando veio o primeiro cenário exclusivo, com quatro televisores nas laterais e um grande “JN” no meio. Em 1981, surgiu o segundo, com um grande mapa-múndi ao fundo e uma bancada sutilmente mais larga.

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No ano de 1983 (foto/acima), foi implantado um cenário mais elaborado. A bancada ficou mais larga e ao fundo, quadros com frames da vinheta, que podiam servir para encaixar os chamados “selos”, conforme a conveniência das notícias apresentadas. Se chama de selo aquela arte que fica ao fundo, ilustrando uma notícia. Pode ser com a foto de uma personalidade ou com algum desenho genérico que identifique tema, por exemplo, remédios para falar de saúde, ou uma arma para falar de crimes.

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Renovação

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Em 1989, com projeto de Delfim Fujiwara - então diretor de artes da Central Globo de Jornalismo - veio um projeto mais ousado, que seria mantido por anos. O cenário era um fundo azul com várias marcas do “JN” dispostos no fundo, como uma extensão da vinheta do telejornal. A bancada lembrava uma nave espacial, com as extremidades ovais e um risco vermelho no meio. A partir daí, também, os “selos” passaram a ganhar mais espaço.

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Em 1º de abril de 1996, veio a primeira variação deste cenário. Com as reformulações no jornalismo da casa, bem como a troca de apresentadores - saía Cid Moreira e Sérgio Chapelin e entravam William Bonner e Lílian Witte Fibe - a bancada foi remodelada. O fundo, bem como as marcas do “JN”, ficaram mais claros e em tons mais vivos. No teto, um enorme “JN” de acrílico ficava, de fato, em cima dos apresentadores.

No ano seguinte, em 1997, a segunda variação retirou a claridade do cenário. A bancada foi novamente reformulada, com as extremidades ficando redondas. E na abertura do noticiário, estúdio e vinheta passaram a se integrar. Um dos “JN”s que o globo terrestre da vinheta “disparava”, vinha na tela e abria espaço para a aparição dos apresentadores.

Redação

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Em 26 de abril de 2000, outro projeto mais arrojado, sob a batuta de Alexandre Arrabal. O “Jornal Nacional” deixava de ser feito em estúdio para entrar na moda das redações - o “Jornal da Globo” já tinha feito a migração em 1999. A apresentação passava a ser feita do clássico mezanino, que permitia uma vista aérea da redação, com um mapa-múndi fatiado na parte superior, além de dois “JN” de acrílico suspensos nas laterais.

Este cenário sofreu uma variação com o tempo. Em 2002, a bancada foi trocada. Foram substituídos os acrílicos que “protegiam” os computadores e decoravam o meio da mesa por um material cinza e um acrílico verde-água, respectivamente. Também foram suavizados os quadradinhos que ficavam ao lado dos televisores ao fundo da redação.

40 anos de JN e 50 anos de Globo

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Para a comemoração dos 40 anos do jornal, quase tudo foi reformado. O mapa-múndi deixou de ser fatiado para virar uma projeção. A bancada ficou “ergométrica” e com menos detalhes, mas mantendo uma luz azul. E no fundo da redação, foi implantado um telão, sendo possível aplicar ilustrações naquele local, além das laterais do estúdio. O JN ficou quase três meses sendo gerado num chroma-key, até a estreia da novidade, em 31 de agosto de 2009.

Dois dias depois da comemoração dos 50 anos da Globo, em 27 de abril de 2015, o JN mudou novamente de cenário. A bancada ficou enxuta, um telão foi instalado na lateral do estúdio do mezanino para os apresentadores interagirem com repórteres e apresentadores da previsão do tempo. Os selos passaram a ser exibidos, de vez, no fundo da redação, graças a um enorme telão instalado. E saíram de cena o mapa-múndi e os “JN” de acrílico, aposentados.

Cenários especiais

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Nesses 47 anos de "JN", por três vezes o telejornal ganhou estúdios especiais. Talvez o primeiro momento desses foi em outubro de 2002, quando o então candidato à presidência da república, Lula (PT)(foto/acima/Reprodução), ganhou as eleições daquele ano, levando William Bonner a apresentar parte do noticiário da redação de São Paulo, no mesmo local que abrigava o "Jornal Hoje" e o "Jornal da Globo", com as devidas adaptações.

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Em 2010, o cenário do "DFTV", jornal local da Globo Brasília, também sofreu adaptações para Bonner realizar uma entrevista com a então presidente eleita, Dilma Rousseff (PT). O estúdio do DF seria aproveitado para o "JN" novamente em 2014, em virtude do acidente aéreo que vitimou o presidenciável Eduardo Campos (PSB) - a equipe do programa estava na capital federal para entrevistar Dilma, candidata à reeleição, e diante da morte de Eduardo e da falta de tempo para voltar ao RJ, o "Jornal Nacional" foi gerado de lá mesmo, com participação de Heraldo Pereira no Rio de Janeiro.

Por fim, em 2016, o "JN" passou um período sendo apresentado da central olímpica da Globo, em virtude dos Jogos Olímpicos do Rio.

Fica aqui o agradecimento ao Acervo da Globo pela cessão de grande parte das imagens.

Diogo Cavalcante é formando em jornalismo. Amante de televisão e apaixonado por novelas, fala sobre o assunto desde 2013. É um dos maiores especialistas sobre Classificação Indicativa na internet.

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