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Sobrinho de Hebe diz que laudo de cura do câncer foi exagero dos médicos

Cláudio Pessutti era empresário da apresentadora e prepara uma série de homenagens a ela


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Foto: Photo Rio News

Sobrinho de Hebe Camargo, o empresário Cláudio Pessutti prepara um musical, um museu itinerante e um filme sobre a vida e carreira da eterna rainha da TV, que faleceu em 2012 em decorrência de uma espécie rara de câncer.

"Os jovens que não conheceram a Hebe, precisam conhecê-la pela sua importância vital para a televisão", afirma Pessutti, que diz sentir uma saudade sem tristeza da apresentadora. Segundo Cláudio, Hebe Camargo ficou chateada quando não renovou seu contrato com o SBT por questões salariais em 2010, mas que entendeu os motivos da emissora.

"O Silvio na época passava por um problema financeiro e nem por isso ela deixou de gostar dele. Pela Hebe, ela morreria no SBT", contou o empresário com exclusividade para este colunista do NaTelinha.

Cláudio Pessutti gerenciou toda a carreira de Hebe Camargo até sua morte. Além de sobrinho, era afilhado da apresentadora. Segundo ele, uma convivência de praticamente 24 horas por dia. "Eu tinha uma ligação fortíssima com ela. Tenho saudades, mas não é uma saudade de tristeza, a gente só lembra de coisas alegres vendo fotos e vídeos caseiros antigos. Hebe sempre fazia todo mundo rir e ainda parece que ela está do nosso lado sempre. Eu não gosto de lembrar da data de morte dela, prefiro comemorar a data de aniversário, 8 de março", diz.

Para deixar a história da apresentadora sempre presente na vida dos brasileiros, Pessutti está criando uma série de ações para o ano que vem. "Vamos criar uma exposição itinerante, com objetos, imagens e fotos em 2017. Vamos ter um musical da Hebe, em parceria com o Luiz Oscar Niemeyer, o mesmo que fez o musical do Simonal. Esta ação é para o segundo semestre do próximo ano", explica.

Segundo Pessutti, ainda não foi escolhida a atriz que fará Hebe no musical. "Isso será resolvido a partir do momento que o roteiro tiver mais avançado, deve acontecer no início do próximo ano. Claro que gostaríamos de fazer com uma grande artista, mas fazer um musical dá muito trabalho, precisar viajar entre outras coisas e as vezes não dá conciliar com a agenda", aponta.

O filme sobre Hebe terá parceria com Carolina Kotscho, de "2 Filhos de Francisco", e ficará para 2018. "Também não tenho o nome de quem será ela. Mas vai demorar um pouco, envolve muita gente, produção e pesquisa. Mas o contrato já está assinado", conta.

Sobre a polêmica saída de Hebe Camargo do SBT, em 2010, Cláudio diz que ela ficou chateada, entretanto, nunca deixou de gostar de Silvio Santos. "É natural que quando você está há 25 anos numa empresa e não consegue uma acordo, você fique chateado. Mas ela entendeu os motivos. O Silvio na época passava por um problema financeiro e nem por isso ela deixou de gostar dele. Pela Hebe, ela morreria no SBT. Tanto que, quando ela saiu da RedeTV!, foi contratada pela emissora dias antes de morrer", relembra o empresário, que elogia a forma como o SBT tratou Hebe Camargo durante o tratamento do câncer em 2010: "Eles foram de uma dignidade incrível".


Hebe entre seu filho, Marcelo (esq.) e Cláudio

Quanto a passagem da apresentadora pela RedeTV!, entre 2011 e 2012, o empresário revela que ela era amiga do Amílcare Dallevo antes dele ter o canal, e que era um sonho dele contratá-la. "Na minha opinião, a RedeTV! deu uma sobrevida a Hebe. A vida dela era trabalhar, fazer programas, era estar no ar. Quando ela foi para lá, foi recebida de braços abertos e deram todo suporte. Pensa bem, uma emissora que contrata uma artista com 82 anos, com um salário maravilhoso e doente, você quer mais prestigio que isso? Ela foi muito feliz. Isso deu um gás para continuar. Eu não conseguia vê-la sem estar na televisão. Ela ia morrer em três meses, se saísse do SBT e não fosse trabalhar. Hebe ia com garra, sempre muito responsável e correta", fala.

Para o empresário, o diagnóstico de cura do câncer de Hebe, em 2010, foi exagerado. "O laudo que dizia que ela estava curada foi um otimismo exagerado dos médicos. Na realidade, não tinha curado", desabafa.

"Hebe ainda está conosco porque ela é a televisão, nunca terá uma substituta. Existem apresentadoras maravilhosas, mas nunca alguém como ela. A televisão começou com a Hebe, ela é única", finaliza, orgulhoso.

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