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Repórter Vesgo faz o mais completo relato do funeral de Roberto Bolaños

Território da TV


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Reprodução

Três concorrentes do SBT levaram materiais em homenagem ao comediante Roberto Bolaños ao ar em horário nobre neste domingo (30).

A Globo no “Fantástico”, a Record no “Domingo Espetacular” e a Band no “Pânico” exibiram momentos do tributo realizado pela Televisa ao criador do “Chaves”.

Apenas o humorístico da Band enviou equipes para a Cidade do México, onde as homenagens se dividiram entre a sede da Televisa e o estádio Azteca.

A Record mesclou imagens narradas pelo apresentador Vinícius Dônola com pauta da repórter Merie Gervásio com fãs do eterno Chaves em São Paulo, enquanto a Globo mobilizou Hélter Duarte em seu escritório de Nova York.

Mas não foi apenas a presença em território mexicano que pesou para a qualidade do material produzido pelo “Pânico”. Fã declarado do criador Bolaños e de todas as suas criaturas, ele conseguiu transmitir a exata emoção vivida pelas dezenas de milhares de mexicanos que foram ao estádio.

Sem apelar para passar do ponto e sem a frieza regulamentar do jornalismo factual, a matéria foi a mostra de um caminho que pode ser aplicado tanto ao próprio “Pânico” quanto ao “CQC” nessas reformulações.

Melhor do que exagerar para render cenas agressivas, como ambos fazem muitas vezes com entrevistados, nada como a autenticidade para cativar o público. A edição é uma aliada, como ambos tantas vezes já souberam usar, mas tal como o próprio sucesso do "Chaves" demonstra, a simplicidade também encanta.

Em tempo: além do “Pânico”, dos programas da Band, somente o “Tá na Tela” enviou a repórter Lívia Zuccaro ao México. O “CQC” não foi representado nas homenagens.

Na Globo, o VT do “Fantástico” foi o mais longo da emissora sobre Bolaños. Com cerca de 2 minutos, ele foi o primeiro a citar claramente o SBT como emissora que exibiu “Chaves” no Brasil e a Televisa, quando mencionou um dos locais do velório. Apesar disso, as imagens utilizadas da cerimônia foram da Univisión.

A Record também fez o seu maior VT jornalístico sobre o tema. Com 15 minutos, a reportagem do “Domingo Espetacular” tratou o evento como o “adeus capaz de parar um país” e seguiu em tom de exaltação, mas sem mencionar as rivais.

Mais cedo, no “Domingo Show”, a emissora já havia transmitido imagens de uma exposição realizada pelo SBT no Memorial da América Latina e convidado jornalistas ao palco da atração para repercutirem a dimensão da perda.

Mas nenhum outro canal brasileiro além do SBT, até mesmo entre os exclusivamente de notícias, fez cobertura ao vivo ao longo do dia, quando o foco dos links foi no estado de saúde de Pelé.


No NaTelinha, o colunista Lucas Félix mostra um panorama desse surpreendente território que é a TV brasileira.

Ele também edita o https://territoriodeideias.blogspot.com.br e está no Twitter (@lucasfelix)

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