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Nova série do "Fantástico" mostra acerto do fórum de dramaturgia da Globo

Território da TV


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Fotos: Divulgação/TV Globo

Uma semana depois da estreia de Poliana Abritta no comando, o “Fantástico” apostou em Mariana Ximenes como novidade. Mas só em participação especial. A atriz protagonizou o primeiro episódio da microssérie “Eu Que Amo Tanto”.  

Adaptação televisiva da obra literária de Marília Gabriela, a série se mostrou digna da badalação que obteve nos dias anteriores aos da estreia graças aos papéis incomuns em que coloca nomes consagrados.

Com direção caprichada, roteiro afiado e agilidade graças aos oito minutos de duração total por capítulo, é quase impossível desviar o olhar durante a exibição. O clima por muitas vezes se confunde com o padrão estadunidense, feito já recentemente alcançado por “Dupla Identidade”.

Por enquanto, apenas mais três episódios estão previstos, sendo estrelados por Carolina Dieckmann, Marjorie Estiano e Susana Vieira. Mas a boa aceitação do público pode fazer com que venha logo outra temporada.

Neste domingo (09), o “Fantástico” mais uma vez passou toda a sua exibição sem ter a liderança ameaçada, feito que era raro há algum tempo, quando chegava a ser batido por mais de um concorrente em diversos momentos.

Mas mais do que beneficiada pela fase atual do dominical, “Eu Que Amo Tanto” se mostra um dos bons frutos do fórum de dramaturgia global.

Liderado por Silvio de Abreu e com participação de diversos autores e diretores, esse fórum discute internamente temas essenciais para manutenção da qualidade e da audiência.

Ao estender o debate sobre as sinopses, por exemplo, quebra vícios. E a análise aprofundada não impede experimentações. Pelo contrário. Apenas as ajusta para não serem “queimadas” após rejeição popular.

Por isso, a boa fase da dramaturgia global, que mesmo sem sucessos históricos do porte de “Cheias de Charme” ou “Avenida Brasil”, sustenta atualmente tramas pelo menos medianas no ar em todas as faixas, quebrando a série de recordes negativos, mostra que estudar o público é o caminho. O prestador de serviço que se molda ao gosto do freguês.

E cada vez menos algum produto entrará no ar como simples aposta. Fica cada vez mais claro que as funções são bem analisadas para atingir em cheio os telespectadores em potencial. Com boa análise, os “acidentes de percurso” ficarão cada vez mais raros.

 

No NaTelinha, o colunista Lucas Félix mostra um panorama desse surpreendente território que é a TV brasileira.

Ele também edita o https://territoriodeideias.blogspot.com.br e está no Twitter (@lucasfelix)

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