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Antenado: "Além do Horizonte" ousa e não tem cara de novela das sete


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Divulgação/TV Globo

Estreou nesta segunda (04) a novela "Além do Horizonte", dos novatos em folhetins Carlos Gregório e Marcos Bernstein, com direção do também novato Gustavo Fernandez e direção de núcleo de Ricardo Waddington.

A trama tem uma missão difícil: manter a qualidade do horário das 19h, que era da deliciosa "Sangue Bom". Pelo menos neste primeiro momento, "Além do Horizonte" passa uma cara boa, mas que não remete às tradicionais novelas do horário.

Não que isso seja uma critica, longe disso. Os takes sombrios e o roteiro que remete ao seriado "Lost" não atrapalharam em nada na estreia. A ousadia veio justamente por isso: apresentar algo nunca visto neste horário. Eu, pelo menos, não me lembro de uma história tão adulta e tão misteriosa nesta faixa.

Em seu elenco, já podemos apostar em Juliana Paiva como um dos destaques. Em suas primeiras cenas como Lili, a ex-Fatinha de "Malhação" mostrou muita segurança e naturalidade, provando que é uma das joias da nova geração. Em uma cena em que contracenou com Flávia Alessandra, a novata foi bem melhor do que a bela atriz, que aqui entre nós, nunca foi um primor...

Outro destaque foi Marcello Novaes que, em poucos minutos, mostrou que deve fazer um vilão forte e totalmente diferente do Max de "Avenida Brasil". Porém, nem tudo são flores: mais uma vez, temos que aguentar Thiago Rodrigues sendo destaque em uma novela global, sem ter competência para isso. Ele decora o texto e o despeja vomitando, esquecendo de passar emoção. Outro destaque negativo fica por conta do novato Vinícius Tardio, um dos protagonistas. O garoto não mostrou a que veio em suas primeiras cenas, mas é preciso dar tempo ao tempo.

No elenco feminino, destaco negativamente Mariana Rios. Mesmo interpretando uma amazonense, o seu sotaque mineiro não sai de jeito nenhum. Uma fono na menina é necessária.

A direção de Gustavo Fernandez foi segura e soube muito bem passar o clima de mistério. No mais, "Além do Horizonte" se mostrou com potencial e com uma história interessante. Se tudo se desenrolar bem, será uma boa trama que deverá ser lembrada pela sua cara, totalmente desconexa com o horário em que é exibida.


Gabriel Vaquer escreve sobre mídia e televisão há vários anos. Além do “Antenado”, é responsável pelo “Documento NaTelinha”. Converse com ele. Twitter: @bielvaquer
 

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