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Amor Bandido: Bonnie e Clyde do horário nobre


Tatiana Bruzzi
tatybruzzi@brfree.com.br

Em tempos quando toda a rede nacional está ligada em Paraíso Tropical, falar de sua trama e personagens já é mais do que esperado. Que Tony Ramos é um monstro da interpretação, ninguém duvida. E Fábio Assunção? Loiro, de olhos azuis e ainda por cima politicamente correto. O genro que toda mãe pediu a Deus. Agora, revolta mesmo é pensar no tempo que a TV brasileira levou para descobrir Wagner Moura. O baiano é tão “bom” quanto “mal”. Mas se o time masculino do horário nobre vem arrasando, o que falar de Alessandra Negrini? Com certeza, a bola da vez.

Desde o início da novela já se criava uma expectativa, natural, em relação ao seu trabalho. Principalmente se levarmos em consideração seus papéis durante toda a carreira. Quem não se lembra da eterna Engraçadinha? E o seu trabalho na minissérie A Muralha? A atriz sempre ganhou personagens assim, fortes e marcantes. Tão quanto suas expressões, seja para o lado sensual, seja para o mais rude. Porém sempre guerreiro. Dessa vez não poderia ser diferente. Se Paula é aquela menina moça, que tem a graça do interior, Thaís é a malandra, descolada. Capaz de tudo para conseguir se dar bem. E foi isso que os telespectadores viram, até a sua morte.

Se a gêmea má foi tão boa que acabou envolvendo os noveleiros de plantão, grande parte ela deve a seu companheiro de cena e cama. Ivan, personagem vivido pelo ator Bruno Gagliasso, fez com Thaís a dobradinha perfeita. Não é de hoje que a síndrome de Bonnie e Clyde ocupa as telas de cinema e TV. Grande parte dos casais inesquecíveis tem seu lado amor bandido, sejam ou não “foras da lei”. Rett Butler e Vivien Leigh (... E o vento levou), Maria de Fátima e César (Vale Tudo) e Sinhozinho Malta e Viúva Porcina (Roque Santeiro), eternizados até hoje, estão aí para provar o apelo natural, provocado pelas duas faces da moeda.

Para quem não sabe Bonnie (escroque texano) e Clyde (mulher moderna e avançada) formavam a mais temida dupla de ladrões dos EUA, durante a Era da grande depressão dos Anos 30. Eles queriam apenas se divertir, mas acabaram assassinados, durante uma emboscada, depois de meses de perseguição, no dia 23 de maio de 1934. O amor dos dois virou filme e encantou o grande público, com Warren Beatty e Faye Dunaway nos papéis principais.

Sabemos que todo o charme provocado em relações como essas não são suficientes para fazer o telespectador torcer a favor dos bandidos, contra os mocinhos. Mas cá entre nós, quem não torce por Olavo e Bebel?

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