Juliana Baroni relembra demissão em massa das Paquitas: "Saímos como traidoras"

Juliana Baroni esteve ao lado de Bárbara Borges e Stephanie Lourença na madrugada desta quinta-feira (19) no Conversa com Bial e recordaram os tempos de Paquitas. O documentário Pra Sempre Paquitas estreou no Globoplay na última segunda (16) e esse foi o tema central.

Pedro Bial quis saber de Juliana Baroni como foi a demissão em massa por conta do livro Sonhos de Paquita - Nos Bastidores do Xou, lançado em 1996 por João Henrique Schiller, ex-diretor da atração.

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O que seria originalmente uma peça de teatro, inspirado em Confissões de Adolescentes, se transformou em outro projeto. Relatos dos abusos de Marlene Mattos caíram como uma bomba no meio.

"Teve muito mal-entendido por causa do livro. Até a própria Xuxa achava que a gente estava querendo destruir a carreira dela. Saímos meio como traidoras da história e foi pesado isso. Quando entrei no palco pela última vez para passar o bastão para a nova geração, foi um dos piores dias da minha vida", recordou ela.

A polêmica demissão das Paquitas

Ela se recordou que no dia que passou o bastão, viu Bárbara se segurando para não chorar, mas chorou copiosamente. "Eu meio ressentida perguntei por que ela estava chorando. E ela muito carinhosa, cheia de sororidade, me respondeu: 'Estou chorando porque estou muito feliz de ser paquita, mas eu sou fã de vocês e estou sofrendo'", relembrou.

Já Stephanie Lourenço, que foi uma das últimas Paquitas, ponderou: "Tem um lado que causou dor em crianças naquela época, que feriu muito a autoestima de crianças ali, que foi a falta de representatividade. Nosso grupo também virou sinônimo disso. Era um padrão estético extremamente racista".