Publicado em 05/07/2024 às 18:25:00
Demitido da Globo em 2020, após 41 anos de contrato, Aguinaldo Silva não pensa em se aposentar. Às voltas com o lançamento do livro Meu Passado Me Perdoa: Memórias de Uma Vida Novelesca, o criador de Tieta (1989) e Senhora do Destino (2004) falou sobre a possibilidade de voltar à emissora.
Em entrevista à revista Veja, o dramaturgo explicou uma notícia que saiu recentemente, de que o canal teria recusado um projeto seu. "Essa história de que a Globo tinha uma novela minha já escrita no seu acervo e optou, no fim do ano passado, por arquivá-la, não é verdade. O que aconteceu é que, por intermédio de um agente, a sinopse de uma nova trama chegou à direção da Globo. Essa questão ainda está no ar, nada foi decidido e nem me comunicado", explicou Aguinaldo Silva.
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"Depois de tudo que aconteceu, eu voltaria a trabalhar na emissora, sou um profissional. Mas, claro, teria que avaliar as condições. Na minha biografia, sou um autor que só escreveu novelas para o horário nobre. Ao todo, são 16. Não quebraria essa regra. Agora, além dessa novela, tenho mais três com as sinopses prontas. Uma delas, inclusive, em negociação com uma TV de Portugal. Enquanto tiver vontade e resistência vou continuar fazendo novela", revelou o autor.
Em seguida, o veterano, que está com 81 anos, criticou alguns colegas e enalteceu outros. "Muitos autores estão preocupados demais em renovar o gênero, mas ele não é renovável. Novela é um melodrama, é o drama exacerbado, a paixão desvairada. Não adianta: os temas centrais de toda novela são as disputas familiares pelo poder e um grande amor entre duas pessoas que sofrem durante 180 capítulos até tudo dar certo. Game of Thrones, aquela série fantástica, nada mais é do que um melodrama muito bem-feito", alertou.
"Quando vejo as tramas que estão no ar, com exceção de algumas do horário das seis, tenho um certo ranço, vejo que os autores estão querendo ser modernos e acabam perdendo a essência do gênero. Para mim, só três pessoas fazem novelas mesmo hoje. São Glória Perez, João Emanuel Carneiro e Walcyr Carrasco", destacou Aguinaldo.
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Ainda na entrevista, Aguinaldo Silva falou sobre o afastamento de José Mayer da TV. "Trabalhei durante décadas com o Zé, conheço o seu caráter e sempre acreditei piamente na versão dele sobre a acusação de assédio sexual. As pessoas que trabalhavam com os dois sabiam que a história contada pela moça, uma figurinista, não era a verdadeira. Eles realmente tiveram um caso, algo consentido. A história é essa", disse.
"Houve um momento em que, por alguma razão que não sei, aconteceu um rompimento e surgiu aquela atitude de vingança. Qual é o caminho natural num caso desses? Ir à polícia e dar queixa. Ela sempre se recusou a fazer isso. As pessoas foram muito cruéis com ele, e isso custou muito alto ao Zé. Foi destruído profissionalmente", desabafou o escritor.
Por fim, Aguinaldo também comentou a respeito do sumiço de Regina Duarte. "Adoro a Regina e devo muito a ela nas minhas novelas, não só pela viúva Porcina [de Roque Santeiro], mas também pela Raquel Acioly [de Vale Tudo], personagem de um folhetim que também escrevi", citou.
"Vejo que essa polarização toda que o país vive acabou piorando a situação, mas não podemos perder uma artista com a Regina porque ela deu opiniões que talvez não sejam agradáveis de ouvir. Como qualquer ser humano, ela também é dada a falhas, erros, enganos. Mas é uma grande pena que, de repente, todo o trabalho daquela pessoa passe a ser desvalorizado por uma posição política", concluiu Silva.
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