Publicado em 10/06/2024 às 15:06:00,
atualizado em 10/06/2024 às 15:11:42
Aos 88 de idade e às voltas de comemorar 70 anos de carreira, Carlos Alberto de Nóbrega é um dos maiores nomes da história da TV brasileira e até hoje um dos principais artistas do SBT. Por esse motivo, o veterano tem a liberdade de falar o que bem entender sobre vários assuntos.
Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, o apresentador de A Praça é Nossa não fez segredo e abriu o jogo ao comentar sobre a saída de Eliana do canal - a loira deixa a emissora no próximo dia 23 de junho. "Eliana não vai para a Globo ainda, isso eu garanto. Somos amigos. Ela está estudando as possibilidades. Para a Record é que não vai. Nem para a Band", garantiu Carlos Alberto de Nóbrega.
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"Mas é uma pena. Ela saiu por motivos sobre os quais tinha razão. Eu faria a mesma coisa. Sempre falei para o Silvio que por dinheiro eu não sairia do SBT, mas se pisassem no meu pé, sim", disparou o comediante, deixando claro que aconteceu alguma coisa nos bastidores que chateou Eliana.
A propósito, Nóbrega confidenciou que não encontra com Silvio Santos há três anos. "Meu carro ficava ao lado do dele no SBT. Era o meu, o dele e o da Hebe, que nunca ia. Quando chego e vejo aquela vaga vazia, me bate uma saudade", disse.
"É meio antipático o que vou falar, mas a entrevista de hoje pode ser a última que eu dê. Porque três gerações já me conhecem, então não tem mais o que perguntar para mim. Sou obrigado a ir em podcasts ou receber vocês em casa para falar de coisas que já estão cansados de saber", comentou o artista.
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Na entrevista, Carlos Alberto de Nóbrega também avaliou a gestão de Daniela Beyruti, filha de Silvio Santos, à frente do SBT. "Daniela quer a juventude, os influenciadores, e está pagando caro, porque a audiência cai", avaliou o roteirista e diretor.
"Mas pelo menos há uma qualidade: ela está tentando. Seria péssimo se continuasse com a política do pai. A troca foi muito rápida, mas necessária. Tinha que dar uma sacudida. Daniela tem que pegar essa Virginia ]Fonseca] e botar a cara para bater. Se está dando três pontos de audiência, depois vai dar cinco ou seis", aconselhou o apresentador de A Praça é Nossa.
"Cada macaco no seu lugar. A televisão está precisando de caras novas, mas uma coisa é você estar na sua casa, dançando, brincando, dizendo ‘eu uso esse produto’. Outra coisa é segurar duas horas de programa", alfinetou Carlos Alberto.
O veterano também analisou o quão difícil é fazer rir na TV. "Fazer uma pessoa rir é muito difícil. O humor da Praça vai acabar. A Globo, com essa maldita mania de ser radical, está preocupada em mostrar um Brasil triste. Agora só fazem seriados violentos, com estupros. Chega o que a gente vê na rua", criticou.
Por fim, ele falou sobre as idas recentes ao hospital. "Não tive medo de morrer. Nem na Covid nem na queda. Alguma coisa me dizia que ia acabar em pizza. Meu medo era ter um AVC. Essa seria a única coisa que me faria parar de trabalhar. Cara, eu quero viver, não quero ficar no sítio esperando a morte", confidenciou.
"Por pior que seja o problema que a gente tem, quando entramos naquele estúdio, baixa um santo e esquecemos. Eu não trabalho lembrando que minha mulher está doente, que meu filho teve um problema ou até que quebraram a minha cortina", concluiu o dono do banco mais famoso do Brasil.
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