Publicado em 06/01/2021 às 15:23:00
O programa da Igreja Universal do Reino de Deus exibido na madrugada desta quarta-feira (6) na Record polemizou ao tratar do tema “magia negra e bruxaria” e relembrar que Beyoncé foi acusada por uma ex-funcionária de realizar esse tipo de ação. Tal pauta não agradou nem um pouco os fãs da cantora e a atração se tornou um dos principais assuntos das redes sociais. Internautas também levantaram a hashtag "Record Racista" e acusaram a emissora de intolerância religiosa.
“Tem muita gente se envolvendo com magia negra, inclusive pessoas famosas”, afirmou o bispo Adilson Silva, que é responsável por comandar a produção. Ele chamou uma reportagem em que mostrava a artista norte-americana cercada de acusações por supostamente praticar “bruxaria” e “magia negra”.
Essas denúncias ganharam popularidade nos Estados Unidos em 2018, quando Kimberly Thompson, sua ex-baterista, deu entrevistas para tablóides internacionais sobre o tema. O programa ainda usou imagens de Black Is King e associou a produção com o ritual, contudo, o filme serve para valorizar a cultura negra.
“Uma prática obscura, famosa mundialmente pelo sacrifício de vidas. No Brasil, muitos crimes já foram motivados pela magia negra”, explicou a atração, que mostrou diversos casos. A história revoltou os internautas, que acusaram a Record de racismo.
“Uma mulher preta incomoda muita gente, ainda mais uma emissora de TV como a Record. É inadmissível que esse tipo de irresponsabilidade passe na televisão em 2021. Racismo puro”, disparou um usuário. “Magia negra é enganar fiéis e fazer lavagem de dinheiro usando a fé alheia. Record Racista”, detonou uma segunda pessoa. “Black Is King é sobre a cultura africana e não magia negra. Record Racista”, disse outro seguidor.
Procurada pelo NaTelinha, a Record disse que não vai comentar o assunto.
Confira a repercussão:
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Em 2019, a Record foi condenada por veicular agressões a religiões de origem africana e entrou em acordo com instituições dedicadas à tradição e cultura afro-brasileira para que programas educativos fossem exibidos na Record News. A intenção era que o público tivesse conhecimento da história das religiões africanas.
A Justiça apontou que os ataques foram proferidos no programa Mistérios e no quadro Sessão de Descarrego. A ação demonstrou que as atrações promoveram a demonização das religiões de matriz africana.
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