Publicado em 14/08/2020 às 19:00:00
A repórter Bianka Carvalho, da Globo em Recife, corrigiu ao vivo um entrevistado que desdenhou do isolamento social e disse que "a OMS (Organização Mundial da Saúde) não é referência" no combate ao coronavírus.
Durante o Bom Dia PE desta sexta-feira (14), a jornalista entrevistou Reginaldo Valença, representante da Associação dos Pais de Alunos das Escolas Públicas e Particulares, sobre o retorno as aulas em Pernambuco. Ele defendeu a retomada gradual, com os alunos mais velhos primeiro por serem "o segmento mais imune".
"Acho que é muito relativo esse isolamento. A discussão é se o isolamento foi uma medida correta, que não tem base científica também, se o problema é científico. Acho que esse risco não tem", argumentou, com erros, o representante dos pais de alunos.
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Bianka Carvalho precisou interferir na declaração do entrevistado para restabelecer a verdade.
"Se o senhor me permite acrescentar só uma coisa. A história do isolamento há sim uma indicação científica, a Organização Mundial da Saúde no mundo inteiro defendeu o isolamento, inclusive países que não tinham feito depois retrocederam e fizeram por entenderem que não fazer o distanciamento provocou mais contaminação e mais mortes", rebateu.
Reginaldo Valença, então, afirmou não acreditar na entidade mundial: "Bianka, eu acho que infelizmente a OMS não é referência. Ela já errou várias vezes desde o início da pandemia". A repórter, mais uma vez, interveio: "É a referência mundial que a gente tem. A gente tem se baseado na referência mundial".
O entrevistado voltou a desdenhar do órgão internacional: "E depois não é obrigado a se cumprir determinações da OMS. Cada país tem sua autonomia para desenvolver e ver suas necessidades. A OMS se atropelou nas medidas, retardou por razões que são discutíveis".
Sem conseguir debater com o homem que não acredita na OMS, a jornalista partiu para a ironia: "O danado é que são 100 mil mortes nesse país que o senhor disse que não deveria fazer". Foi a deixa para o entrevistado revelar que desconfia do número de óbitos divulgado pelo Ministério da Saúde: "100 mil mortes? Será que são 100 mil mortes por Covid?".
Minutos depois, Bianka Carvalho esclareceu os argumentos falsos do representante dos pais de alunos e reafirmou que, diferentemente do entrevistado, se baseia na ciência e na saúde para informar sobre o coronavírus.
"A gente vai continuar abrindo espaço para todo mundo falar o que acha, mas, infelizmente, e preciso me dirigir ao senhor, Reginaldo, a gente vai sempre defender aquilo que se diz e que, sim, é cientificamente provado, e que, sim, o mundo inteiro está dizendo. Não tem 100 mil mortes inventadas, nem milhões de pessoas doentes no mundo todo. A gente tem que continuar dizendo aquilo que é correto. O que não dá é ir chutando baseado em qualquer outra coisa, a gente se baseia no que é científico, mas dando a todo mundo o direito de falar", disse.
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